À superior qualidade da pizza, junta-se todo um cerimonial centenário (remonta ao século XVI) como o espectacular manejo da massa acompanhado por canções, sorrisos, técnicas e espectáculos, facetas que os pizzaiolos napolitanos assumem na totalidade. É a verdadeira identidade gastronómica italiana no mundo, como se comprova pelas cerca de duas milhões de pessoas que assinaram uma petição mundial para o reconhecimento de uma arte, que conta, só em Nápoles, com aproximadamente três mil profissionais.
Em Portugal esta arte tem vindo, nos últimos anos, a ganhar cada vez mais adeptos e profissionais razão que levou a que fosse criada uma associação que divulgasse a arte e defendesse os interesses de todos os pizzaiolos nacionais. A Associação de Pizzaiolos Napolitanos em Portugal, presidida por Michael Mezzero, tem cerca de um ano de existência, e decidiu, para comemorar esta distinção da UNESCO organizar um grande evento, já no primeiro semestre de 2018, para divulgar no nosso País a arte do pizzaiolo napolitano.
Para Antonio Mezzero, esta distinção “é o reconhecimento de uma arte já com muitos séculos e que temos vindo a divulgar no mundo”, frisando que em Portugal “há em esforço crescente de certificar a pizza napolitana e os pizzaiolos nacionais para que as pessoas saibam com segurança que estão a consumir uma verdadeira pizza napolitana”. “Portugal acolheu-me de braços abertos e tem uma verdadeira admiração pela pizza napolitana. Por isso considero que esta distinção também pertence um bocadinho a este país”, concluiu Antonio Mezzero.
A decisão foi revelada durante a 12ª reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorreu na ilha Jeju, na Coreia do Sul.
