Como e quando nasceu a Mambo Factory? Quem são os mentores?
O projeto das marcas já existia mas foi consolidado de uma forma mais coerente há oito anos atrás, através do nascimento da Mambo Factory, com o objetivo desta ser a “umbrella” das marcas existentes e de futuras que pudessem nascer. A fundadora e CEO é a Isabel Cristina Trêpa Torres, à qual mais tarde se juntou Claudia de Sousa e Melo.
Durante muito tempo a marca comercializava peças de marcas estrangeiras, mas em 2008 reinventou-se. Porquê?
A experiência da fundadora veio de anos de comercialização de vários produtos, mas foram os tapetes criados pela empresa que ganharam mais notoriedade no mercado português. No entanto, em 2008 a marca reinventou-se, criando uma linha de mobiliário e estofo produzido em Portugal com o objetivo de conquistar outros mercados.
Para relançar as próprias marcas foram contratados designers? Quantos?
Para relançar a marca foi convidada a designer Claudia de Sousa e Melo.
Que marcas foram criadas pela Mambo Factory? Por que ordem?
A primeira foi a Mambo Unlimited ideas, que comercializa mobiliário e estofo e que funciona como um laboratório de ideias e experiências para as outras marcas. A segunda foi a Utu soulful lighting, que comercializa uma linha de iluminação. A terceira foi a Theia creative tiles cuja ideia foi ir buscar o método artesanal usado em Portugal para produzir cerâmica, mas com um design moderno, usando a tridimensionalidade do objecto.
O que difere as peças que as marcas da Mambo Factory produz das demais?
Todas elas são irreverentes, desafiando os limites das cores e diferentes materiais usados na mesma peça. Também importa dizer que toda a coleção das três marcas podem ser customizada.
Quantos funcionários tem, agora, a Mambo?
Cerca de 15 pessoas dentro da organização trabalham para a marca.
Todas as peças são concebidas na totalidade pela Mambo? Ou recorrem a terceiros para o fabrico?
São todas desenhadas e criadas na empresa, mas sub contratamos, na maior parte, o fabrico.
A marca já está internacionalizada? Para que mercados?
As três marcas estão registadas e internacionalizadas. Entre cidades e países ja vendemos para cerca de 70 mercados.
É para o estrangeiro que vai a esmagadora maioria dos produtos?
Exportamos cerca de 80 por cento da produção.
Considera que a Mambo Factory é um projeto empreendedor? Porquê?
Sim, porque nascemos numas das piores crises económicas que Portugal atravessou, sem dinheiro e sem recursos a projetos de internacionalização. Fomos arrojados o suficiente para chamar a atenção da imprensa especializada e dos responsáveis dos maiores eventos, e muito cautelosos nos custos para não darmos nenhum passo errado. Isso obrigou-nos a pensarmos e trabalhar em equipa para que nenhum pormenor nos escapasse.
Por cá, onde se podem encontrar pelas Mambo Factory?
Criámos uma concept store para que o cliente final pudesse ver como as três marcas funcionam em conjunto. A loja é a Roof Design Studio, na Rua Nova do Almada n 1 (Chiado).
Quais as peças de maior destaque?
Os insectos feitos em cerâmica foram e continuam a ser um sucesso no mundo inteiro. As mesas Caldas feitas em cerâmica, os sideboards Samoa e Jazz, a cadeira Ivy, a linha de iluminação Magnolia e Loop, e os azulejos Tejo e Mondego.
Que materiais são usados para a criação das peças?
Usamos o cobre, latão, ferros e madeiras lacadas de várias cores, mármores, vidros e cerâmica.
Estes materiais são made in Portugal ou compram no estrangeiro?
São todos comprados em Portugal.
Há pretensão de criar mais marcas nos próximos tempos?
Vamos lançar em 2018 a nova marca, Dooq world of details, destinada a um mercado de luxo.
No estrangeiro há peças das marcas Mambo Factory em locais de destaque? E cá, estão em locais importantes?
Existem em dezenas pelo mundo fora. Destacamos o último no estrangeiro, o restaurante Temakinho em Roma, inaugurado em fim de Setembro e em Portugal no Vela Latina.
A inspiração de onde vem para a construção das peças?
Fazemos parte deste mundo global, ao qual não somos indiferentes, mas a inspiração vem do quotidiano, do que se passa nas ruas das cidades mais emblemáticas, das necessidades do nosso cliente alvo, das tendências em termos de cores e materiais.
De que forma fazem a divulgação da marca? Participam em que eventos?
Divulgamos nas maiores feiras da especialidade, e as melhores revistas da especialidade do mundo inteiro publicam e destacam os nossos produtos todos os meses. Alguns dos nossos produtos já foram, nessas publicações, seleccionados como os melhores do ano. Nunca concorremos a nenhum prémio, por falta de verba.
Há protocolos com Universidades ou outras entidades para a captação de novos designers?
Tentamos fazer protocolos com as principais universidades em Portugal, sem sucesso.
As peças são ou podem ser personalizadas?
Todas as peças são personalizadas.
Qual o feedback de quem tem as vossas peças?
O feedback tem sido excelente, pela quantidade de clientes fiéis e pela utilização da coleção inteira sem excepção, ou seja: não criámos nenhuma peça que não tenha sido comprada várias vezes, o que nos permite julgar que o nosso cliente é muito fiel às marcas, e portanto satisfeito. Por outro lado, trabalhamos com as maiores agências e decoradores do mundo em vários projectos, o que nos permite afirmar que as marcas estão e vão continuar a estar no bom caminho.
Quais os planos para a Mambo Factory para os próximos temos?
Continuar a trabalhar com exigência para superarmos as marcas existentes e lançar a Dooq world of details, que está a ser preparada há dois anos. Será lançada na iSaloni Milano em Abril de 2018.
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