
Mas há que trazer estas técnicas às atuais realidades e ensiná-las de uma forma prática, eficaz e à medida de cada um. É isto que Sofia Craveiro e Maria João Albuquerque pretendem com a abertura da escola Companhia das Agulhas em Lisboa. Mães, jovens e empreendedoras, a vida acabou por uni-las na vontade de criarem um negócio próprio numa área que as apaixona desde sempre. Neste sentido, abriram portas, dia 7 de setembro, à Companhia das Agulhas, uma escola que integra várias áreas. Por lá poderão encontrar cursos, workshops e até aulas livres de corte, costura e modelagem, bordados, tricot, crochet, design de moda, drapping, patchwork e costura criativa.
É possível inscrever-se num mês e durante o mesmo aprender várias destas artes. Há aulas para todos os níveis e a escola dispõe de todo o equipamento para passarem da teoria à prática, assim como também pode disponibilizar o material que venha a ser necessário. Está também previsto uma vez por mês existirem aulas com opções para pais e filhos, incluindo as crianças numa atividade em família.
Decorrido um mês desde a sua abertura, Sofia e Maria João revelam-se muito satisfeitas e entusiasmadas com o sucesso que a escola tem tido.
"A procura tem sido grande e a maior parte das alunas que se inscreveram em setembro para aulas livres ou workshops mantiveram-se" refere Maria João. Mas para o sucesso continuar há que trabalhar. Segundo Sofia Craveiro, "temos muitas ideias para pôr em prática e podemos revelar que vamos ter novidades, como por exemplo, um workshop de costura para homens, workshop casaco de inverno e capa, assim como sugestões para quem quer fazer as suas próprias prendas para oferecer no Natal".
Sofia herdou o gosto pela costura com a mãe, que sempre viu a fazer tricot, costura, crochet e bordados e tem um tio que fez da alfaiataria a sua vida. Quando engravidou da sua primeira filha decidiu reaprender o que já se tinha esquecido e acabou por frequentar vários cursos também para aperfeiçoar o que já conhecia. Maria João também tinha familiares com experiência na área e sempre viveu rodeada de contas e missangas que transformava em bijuteria e vendia às suas amigas. Quando se viu desempregada arregaçou as mangas e deu ao pedal, na máquina de costura que tinha herdado do avô. A experiência foi tão positiva que acabou por criar a sua própria marca com peças originais feitas por si.
O gosto pela costura e a vontade de criarem um negócio próprio, com o qual se identificassem, fez com que surgisse a ideia de uma escola onde fosse possível aprender costura e malha com aulas livres, cursos e workshops pensados à medida de cada pessoa. Pesquisaram o mercado, perceberam que havia espaço para este projeto e assim nasceu a Companhia das Agulhas.