Guimarães como "Fábrica da Europa" com Universidade e empresas têxteis de mãos dadas

Juntar o conhecimento científico da Universidade do Minho à experiência das empresas têxteis, criando através da tecnologia mais produtos inovadores, permitirá transformar a região do Vale do Ave na "Fábrica da Europa", tendo como referência o concelho de Guimarães, "coração da indústria têxtil em Portugal", onde está concentrada "80 por cento das empresas" que laboram neste setor. Esta foi uma das conclusões que resultaram da quinta reunião do Conselho Consultivo para o Investimento e Emprego, promovida pelo Presidente do Município de Guimarães, que decorreu no Polo de Azurém da UMinho, esta quinta-feira, 19 de novembro, subordinada ao tema “A importância dos cursos têxteis na economia nacional”, reunindo mais de meia centena de participantes.
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"A cooperação é necessária, porque dá escala e cria dimensão. Se não for pela reindustrialização, temos de permitir e oferecer condições para que as unidades industriais sejam competitivas na Europa. A confiabilidade é uma das características do nosso tecido empresarial e, por isso, tudo farei para que seja promovido o diálogo, a relação institucional e o desenvolvimento de novos produtos entre as nossas unidades empresariais e a Universidade do Minho, um dos principais ativos do concelho de Guimarães", referiu Domingos Bragança, na sessão de encerramento da reunião. 

Durante o encontro, foi abordada a importância de continuar a beneficiar os laboratórios do Departamento de Engenharia Têxtil e o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil, com o objetivo de gerar novas gerações de profissionais do ramo. "Esta é uma oportunidade de dar o salto e de investir no setor, tornando-o atrativo para os jovens. Faz sentido termos aqui processos laborais e demonstrá-los nas empresas. O capital humano é extremamente importante, o nosso Centro de Investigação é muito reconhecido e tem uma classificação muito boa na avaliação de diferentes parâmetros", afirmou o Reitor da Universidade do Minho, António M. Cunha.

A opinião foi igualmente partilhada pelo Presidente da Escola de Engenharia da UMinho. "Estamos disponíveis a colaborar com empresas na incorporação de inovação, mas também na componente da formação ao longo da vida da empresa", mencionou João Monteiro, igualmente defensor da aliança entre o design e a engenharia têxtil. "Tem de haver uma incorporação de conhecimento nas condições de fabrico", acrescentou, enfatizando a "necessidade do setor têxtil ter mais engenheiros".

Durante a reunião, os membros do Conselho Consultivo para o Investimento e Emprego assistiram a testemunhos de sucesso de empresas têxteis da região, "uma Indústria de futuro", como realçaram os oradores. O produto, as redes de distribuição, os percursos dos empresários, a confiança reconquistada, as novas tecnologias e as viagens de avião "Low Cost” que aproximaram o mundo foram alguns dos assuntos abordados.

Fernando Batista Ferreira, Diretor do Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil, Vítor Magalhães, em representação das empresas Fábrica de tecidos Vilarinho, Vermis e Petratex, José Alexandre Oliveira, em representação da Riopele, Mário Domingues, em representação da empresa Somelos, e Miguel Franco, Vice-Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, participaram na palestra realizada sobre a importância dos cursos têxteis na economia nacional.

 

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