
"Os jeans WLROD não precisam de ser lavados nos primeiros meses de uso. Mas há quem, como nós, os use todos os dias e só os lave passado um ano, o que é perfeitamente normal”, disse Paulo Santos, o ‘cérebro’ do projeto, que conta com um vasto curriculum de experiência com trabalhos para marcas como a Heavy e a D-Sample.
É, por isso, um verdadeiro regresso às raízes aquele que a WLROD está a evocar para reintroduzir um lifestyle totalmente desinteressado das tendências da moda, mas que garante alta qualidade e valor acrescentado a cada peça que é manufaturada. E, ao mesmo tempo, protege o ambiente. "À matéria-prima de qualidade e ao trabalho manual aliam-se técnicas únicas que emprestam caráter e assinatura artesanal ao vestuário premium da nossa marca”, sublinhou Paulo Santos.
Mas, afinal, que artigos produz a WLROD? Os principais e que registam maior sucesso de vendas são os jeans denim selvage, com gangas japonesas e italianas confecionadas segundo o método original e ancestral em teares de vaivém tradicional, os tecidos encerados e os casacos e acessórios em pele puro celeiro com acabamento orgânico. São sobretudo linhas dedicadas ao homem. Os produtos estão à venda no site da marca e ainda em oito lojas no país, com destaque para a Ton-Up Garage e para o importador da Vespa e da Moto Guzzi.
Internacionalização à vista
O preço médio de uns jeans ronda os 160 euros enquanto que um casaco de cabedal pode atingir os 600 euros. A WLROD sabe que os clientes que lhe podem dar escala estão no estrangeiro e por isso está a preparar uma estratégia que potencie a sua internacionalização. "Alemanha, França, Holanda e Inglaterra são alguns dos países onde queremos entrar”, disse Miguel Machado, outro dos promotores, avançando que a marca prevê estrear-se em feiras internacionais já no próximo ano.
Paulo Cunha não escondeu a surpresa em relação à qualidade do denim que a WLROD confeciona. E também não escondeu o seu agrado por ver este projeto crescer num edifício com uma "carga simbólica muito importante” e cuja origem remonta ao século XIX. "É bom assistir à reocupação deste edifício que um dia, espero, possa recuperar a função empresarial que teve durante décadas”, confessou.
O presidente da Câmara Municipal sublinhou que a capacidade de empreender está muito presente neste projeto cuja área de negócio "tem muito potencial de crescimento e onde a internacionalização é essencial”. Nesse sentido, destacou que a WLROD pode vir a obter bons resultados do protocolo que a autarquia rubricou recentemente com a AICEP para reforçar o apoio à internacionalização das empresas do concelho. "Estou certo que, dentro do chamado conceito de private label, este produto pode chegar a essas pessoas e que a marca terá condições para aumentar as vendas”, rematou.