AgroArea: jovens do Alentejo criam portal de classificados só para o mundo rural

A ideia já estava a ser alimentada e trabalhada há alguns anos. Contudo, só há um ano é que um casal de jovens empreendedores do Alentejo resolveu passar da teoria à prática e criar um sitio na Internet totalmente dedicado ao mundo rural. Assim nasceu o Agroarea, o primeiro portal de classificados onde se pode colocar à venda e comprar tudo o que diga respeito ao mundo rural.
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Pedro Raposo e Margarida Raposo são os mentores do projeto que tem um ano de vida. Sempre ligado à agricultura, primeiro porque o pai era criador de gado e, depois, porque resolveu especializar-se em Engenharia Agrária, Pedro Raposo, há muito tempo que ia trocando ideias com a esposa Margaria Raposo sobre a criação de um portal onde quem está ligado ao mundo rural pudesse comprar e vender produtos, objetos, etc, a preços muito mais competitivos.  "O ano passado a ideia foi colocada em prática. Nasceu da necessidade de melhorar o conceito de agronegócio em Portugal, porque hoje a agricultura cresce e moderniza-se ao ritmo dos avanços tecnológicos. Torna-se cada vez mais necessário uma ferramenta que aumente a sua eficiência" - refere ao VerPortugal o mentor do projeto do qual não retira qualquer proveito monetário.

"O AgroArea é um conceito prático e eficaz, que procura mostrar novas formas de comunicar no mundo rural. É um espaço de encontro entre vendedores e compradores, que evidencia os produtores e empresários agrícolas, permitindo-lhes criar ligações com outros mercados, beneficiando a expansão do agronegócio. Anunciar no AgroArea irá contribuir para a promoção de mais e melhores contactos entre vendedores e potenciais compradores. É uma plataforma negocial fácil e intuitiva, criada a pensar em todos os intervenientes do mundo rural" - acrescenta Pedro Raposo comentado que "o site é uma espécie de OLX. Só que neste, no AgroArea só se compra e vende o que estiver ligado ao mundo rural".

Ao VerPortugal Pedro Raposo explica que o "AgroArea.com criou um espaço que vai além dos anúncios das máquinas e equipamentos, constituindo-se, assim, o único espaço virtual português a albergar todo o universo ligado ao mundo rural, nomeadamente da agricultura, pecuária, prestação de serviços, imóveis, bem como sabores e atividades de lazer. É um centro de agronegócio global, contribuindo fortemente para a configuração do caracter dinâmico e evolutivo do mundo rural. Este permite ao público em geral a possibilidade de acesso a produtos do mundo rural exclusivos que, na maior parte das vezes, só se encontram em feiras ou mercados regionais, bem como, proporciona ao pequeno e médio produtor usufruir de um mercado globalizante durante 365 dias por ano".

Na perspectiva do mentor do projeto "com este site o vendedor pode chegar a mais compradores. Ou seja, pode ter várias ofertas para o mesmo produto podendo vender a quem lhe der uma maior margem de lucro. Por outro lado, quem compra também pode fazer comparação de preços" - acrescenta o engenheiro agrário considerando que "desta forma é muito mais rentável para o negócio já que até do estrangeiro podem chegar clientes".

O site, como tudo na Internet, está internacionalizado. Uma das mais-valias do site é no fato dele estar em três língua: Português, Inglês e Espanhol. "Desta forma mais visitantes podem aceder e saber o que lá está" - frisa o interlocultor revelando que, há dias, um brasileiro mostrou interesse em representar, no Brasil, uma determinada marca de máquinas agrícolas. "Com o site pode chegar-se onde não se consegue com a participação numa feira" - refere o mentor do projeto.

Apesar do projeto ter já um ano, Pedro e Margarida ainda não retiraram dele qualquer tipo de proveito monetário. "Os anúncios são colocados de forma gratuita. O que se pretende é que o site seja sustentado por patrocinadores, como é o caso do Crédito Agrícola" - explica ao VerPortugal Pedro para quem o aumento das visitas só tem vindo a confirmar que de fato a plataforma é uma mais valia para quem tem atividades ligadas ao mundo rural. "No futuro, quem sabe, se não se conseguirá criar postos de trabalho e retirar algum retorno financeiro do AgroArea" - conclui Pedro Raposo.

 

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