SIC e Audi revelam finalistas do Prémio Nação Inovadora

Ana Patrícia Ferraz (investigadora), Gonçalo Fortes (fundador da Prodsmart) e Miguel Neiva (fundador da Color Add) foram os escolhidos, em votação online pelo público, para serem os finalistas do Prémio Nação Inovadora. O concurso é promovido pela Audi e pela SIC Notícias.
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A votação foi feita durante dois meses. Foi também durante esse tempo que foram reveladas as histórias dos 25 talentos nacionais nomeados para este prémio.

Segundo a comunicação social, Ana Patrícia Ferraz, foi escolhida por ter desenvolvido um protótipo de um sistema para a determinação de testes pré-transfusionais de sangue, que desempenha um papel essencial nas situações de emergência médica. Um projeto desenvolvido com o objetivo de ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Foi durante a licenciatura em Informática para a Saúde do Instituto Politécnico do Cávado e  Ave (onde leccionou) que começou a desenvolver um protótipo de um sistema para a determinação de testes pré-transfusionais de sangue, que desempenham um papel essencial nas situações de emergência médica. O protótipo realiza em cerca de cinco minutos os testes ABO e Rh, permitindo que se administre sempre um tipo de sangue compatível quando se faz uma transfusão. Ana acredita vivamente que este sistema pode salvar vidas.

Atualmente encontra-se a concluir o doutoramento em Engenharia Electrónica e Computadores na Universidade do Minho, além de ser mestre em Bioinformática pela mesma Universidade. É autora e co-autora de 13 publicações internacionais em jornais e conferências da especialidade.

Já Gonçalo Fortes, fundou o  software Prodsmart que permite aumentar a produtividade dos trabalhadores ao disponibilizar-lhes equipamentos móveis para cada passo das linhas de manufatura.

As origens? Estão na empresa de eletromecânica do pai. Licenciado em Engenharia Informática no Instituto Superior Técnico, começou muito cedo a desenvolver aplicações e aos 24 anos, em 2005, já tinha a sua primeira empresa - a Crazydog - que estaria na origem da Prodsmart.

Este software, fundado em 2012 e que já se encontra instalado em fábricas que produzem para marcas como a Audi, Volkswagen, Mercedes, Louis Vuitton, Chanel ou Hermès aumenta a produtividade dos trabalhadores ao facultar-lhes, para cada passo, tablets e sensores ao invés do tradicional papel.

Miguel Neiva é o terceiro nome na lista dos finalistas, mas pode ser o vencedor. Criou o Color Add, um sistema de leitura de cores pensado para daltónicos e com potencial para mudar a vida dos que sofrem desta condição, conquistou o público. O início de tudo deu-se na altura em que estava a studar no mestrado em Design e Marketing da Universidade do Minho. Nessa altura teve a ideia recorrer à semiótica e à funcionalidade para criar o Color Add, um sistema de leitura de cores para daltónicos com potencial para mudar a vida dos 350 milhões.

O designer criou uma ferramenta que permite aos daltónicos distinguir as cores: um código universal que as identifica através de um conjunto de símbolos compreensível em qualquer canto do mundo, seja em Portugal ou no Japão. Esta criação valeu-lhe a a possibilidade de ser o primeiro português a integrar a rede da Ashoka, uma organização de renome internacional que identifica e apoia ideias socialmente inovadoras com potencial real de mudar o mundo.

Agora, segue-se o duelo final. Os três vão disputar um prémio de 10 mil euros.

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