DAM: design, artes e mobiliário na marca que conta histórias sobre cultura

A marca é recente mas já é da venda dos seus produtos que os mentores retiram o sutento. E a verdade é que a DAM, uma nova marca de mobiliário e acessórios está a crescer de forma sustentada. Criada por dois jovens designers - Joana Santos e Hugo Silva - a marca teve a ajuda de designers de renome para traçar o caminho a seguir. O sucesso do projeto sediado na Oliva Creative Factory, S. João da Madeira, parece ser um dado adquirido.
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O calendário marcava 2013. E dois jovens licenciados em Design pela Universidade de Aveiro - Joana Santos e Hugo Silva - decidiram concorrer ao POPs13, um concurso de Serralves, Porto. Para lá levaram alguns produtos que tinham feito e que ainda não estava prototipados. O júri selecionou os produtos da dupla que lá estiveram, em Serralves, com cinco produtos. "No final vencemos a categoria de Mobiliário com duas mesas de cabeceira batizadas de Nel e Maria" - disse Joana Santos ao VerPortugal.

Estas mesas de cabeceira têm uma lâmpada integrada. Lâmpada essa coberta com um chapéu de palha. "Estou certa de que foram os materiais usados, sobretudo a palha, que despertou a atenção do júri" - explica uma das criadoras da DAM dando nota de que o prémio era uma mentoria com o diretor de uma empresa do setor. "Tivemos a honra de ser mentoriados pela Munna que nos levou a pensar que deveríamos ir mais além do que só construir produtos. Ou seja, atacar desde o início o mercado internacional seria meio caminho andado para o sucesso e para que a marca vingasse" - acrescenta Joana Santos para quem a ajuda externa só veio fazer com que se pensasse no produto como um todo.

A designer está convencida de que a ajuda da MUNNA foi muito importante para o arranque da marca que já marcou presença em algumas feiras internacionbais e que já vendeu alguns dos produtos para vários países da Europa e até para a Austrália. "Os clientes gostam de comprar um pouco de tudo, mas o preferido é o pipo. Talvez por ser um produto versátil, que combina com qualquer ambiente. De referir que este foi um objeto construído em jeito de homenagem ao vinho português, daí termos usado a cortiça" - explica Joana Santos que ainda não consegue, tal como Hugo Silva, retirar da DAM o sustento e por isso têm de manter atividades paralelas.

No decorrer da conversa com o VerPortugal, Joana Santos fez questão de referir que "cada produto é desenhado ao pormenor e o acompanhamento no fabrico é muito bem acompanhado". Os desenhos dos produtos são feitos pelos mentores da marca mas a construção dos mesmos é da autoria de artesãos subcontratados. "Mas não ficamos descansados, apesar de confiarmos em quem está a construir o que desenhamos, se não acompanharmos cada passo da produção" - acrescenta Joana Santos.

A designer disse ainda, no decorrer da entrevista, que cada peça da DAM tem uma história. "A nossa fonte de inspiração é o que vemos na natureza ou, então, faz parte da nossa cultura. Exemplo disso é o Pipo que representa a região do Douro e as pipas de cortiça que guardam entre outros vinhos o do Porto. Outro dos produtos, a Mesa Flora, que por sinal é o mais recente dos nossos produtos, representa os vasos com flores que por norma oferecemos" - acrescenta Joana Santos.

Interrogada sobre como é que a DAM tem feito as suas vendas, Joana Santos, refere que algumas são via site, outras são feitas através das lojas onde os produtos foram colocados à venda. "Aí se o cliente pretender um produto que não exista em stock basta fazer a encomenda" - explica Joana Santos mostrando-se muito feliz por ver que o sonho de ter uma marca própria se tornou realidade e por "a DAM estar a crescer, devagar, mas de forma muito sustentada. A marca nasceu das poupanças e do esforço dos mentores e, o feedback que temos tido é animador, o que nos deixa muito satisfeitos" - conclui.

 

 

 

 

 

 

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