
Na reta final do concurso “Nação Inovadora”, que visa promover jovens talentos portugueses, estavam os empreendedores Miguel Neiva, também ex-aluno da UMinho e criador do código para daltónicos “ColorAdd”, e Gonçalo Fortes, fundador da Prodsmart. O júri incluiu Joana Vasconcelos (artista), Miguel Pina Martins (empreendedor), Rosália Vargas (presidente da Ciência Viva), Paulo Pereira da Silva (líder da Renova), Bárbara Coutinho (diretora do MUDE), entre outros. Na primeira fase do concurso, a organização tinha escolhido 25 talentos, em áreas tão díspares como arte, tecnologia, ciência ou arquitetura. Os três finalistas foram decididos por votação online, até novembro.
"Fico muito satisfeita por reconhecerem o meu projeto. Foram oito anos de investigação, trabalho e dedicação para chegar a uma solução que poderá ajudar a salvar muitas vidas no mundo” - disse Ana Ferraz, que recebeu 10 mil euros como prémio. A tecnologia já tinha vencido o maior concurso mundial de tecnologia para universitários, o Microsoft Imagine Cup, na Rússia, e foi elogiada pelos profissionais de saúde e pela sociedade civil, esperando-se agora a sua comercialização.
Ana Ferraz defende em breve a tese de doutoramento em Engenharia Eletrónica e Computadores, que é dedicada a este projeto, tendo a orientação de Vítor Carvalho e José Machado. Natural de Barcelos e com 29 anos, fez a licenciatura em Informática para a Saúde no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), o mestrado em Bioinformática na Universidade do Minho e é hoje investigadora no Centro Algoritmi da UMinho, em Guimarães. Ana Ferraz já recebeu várias distinções, já publicou artigos em revistas internacionais e até já representou Portugal em congressos.