Wisecrop: presença na Web Summit aumenta visibilidade e contatos comerciais

A empresa já cresceu e já dá trabalho a nove funcionários. Para 2017 a lista de colaboradores tende a aumentar tal como a presença em mais países. Pelo menos é o que nos diz Tiago Sá, co-fundador da Wisecrop. Uma plataforma que nasceu para ajudar agricultores de todo o mundo a produzir mais e melhor, com menos custos, menos desperdício e menor impacto ambiental. De referir que a Wisecrop participou no Web Summit, a maior conferência de empreendedorismo, e o resultado foi a divulgação da marca bem como o ganho de credibilidade.
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Como surgiu a empresa? Quando?
Esta ideia surgiu de um projeto de faculdade onde a equipa teve a oportunidade de trabalhar com uma tecnologia de transmissão de dados sem fios com características inovadoras. Na altura o protótipo desenvolvido ficou funcional e acreditamos que seria possível ter uma aplicação no mercado, especificamente no setor agrícola. Desde esse momento que começamos a desenhar a ideia e a fazer crescer o projeto, que agora se tornou no Wisecrop, o Sistema Operativo Agrícola. Já lá vão cerca de três anos desde a ideia e dois anos e meio desde a criação da empresa.
 
Com que objetivo?
O objetivo claro é ajudar agricultores de todo o mundo a produzir mais e melhor, com menos custos, menos desperdício e menor impacto ambiental. Seremos nove mil milhões de pessoas para alimentar de em 2050, que têm de comer alimentos de qualidade. O Wisecrop vem dar uma ajuda a atingir este objetivo.
 
Quem foram os mentores? Que formação têm?
A equipa tem formação nas engenharias eletrotécnica, informática e agronómica. Desde o início que temos um contacto próximo com os agricultores e com grandes empresas deste setor, que nos guiam para as suas necessidades reais. Além disso, do ponto de vista da empresa, a UPTEC tem dado um apoio contínuo, desde o primeiro dia, que nos tem ajudado imenso a crescer.
 
Que ajudas tiveram na criação da empresa?
A UPTEC foi sem dúvida o apoio mais importante e relevante que tivemos, e continuamos a ter. Numa fase muito inicial, o apoio governamental Passaporte para o Empreendedorismo foi também muito importante para nós. Mais recentemente, os investidores que acreditaram em nós vieram trazer alguma orientação a esse respeito também.
 
Que projetos já foram desenvolvidos?
Estamos completamente focados no desenvolvimento do Wisecrop, o Sistema Operativo da Agricultura. Esta solução oferece, numa só interface online, um conjunto de ferramentas que ajudam na gestão técnica e operacional da exploração agrícola. É possível fazer uma gestão otimizada dos recursos hídricos, dos fertilizantes e dos pesticidas, bem como gerir mão-de-obra em tempo real, produzir Cadernos de Campo para fins de certificação e controlar de forma precisa os custos da exploração. Por podermos ligar sensores a esta plataforma, é possível fazer uma verdadeira Agricultura de Precisão, reduzindo os desperdícios ao limite e aumentando a produtividade. Além disso, permite a ligação com prestadores de serviços, como laboratórios de análises, mapeamento aéreo por drones ou imagem de satélite, facilitando assim a comunicação entre o prestador de serviços, o agricultor, o técnico e a associação.
 
De que forma promovem a empresa?
Feiras do setor, colóquios, eventos de divulgação e online.
 
O que mudou com a presença no Web Smmit?
Ganhamos credibilidade e visibilidade, o que é importantíssimo na fase em que estamos. Além disso, abrimos contactos com potenciais investidores, advisors e clientes.
 
Como foi a experiência de estar na maior conferência de empreendedorismo?
Muito cansativa, mas também muito gratificante. Tivemos a oportunidade de conversar com alguns dos main players do ecossistema das startups, interagir com imensas pessoas de vários países, afinar a nossa comunicação e criar relações que serão certamente duradouras.
 
Pretendem voltar?
Sim, há planos para isso.
 
Projetos a desenvolver a médio prazo?
Mudar o Mundo não é tarefa fácil. Não temos dúvidas que o Wisecrop o vai fazer, mas para isso precisamos de dedicação total. É o que estamos a fazer e continuaremos nos próximos anos.
 
A internacionalização está nos vossos planos?
Este processo já deu início. Devemos ter presença noutros países já este ano (2017)
 
Postos de trabalho. A empresa já criou?
Sim, a equipa tem crescido e neste momento contamos com nove colaboradores. Prevemos crescer mais ainda este ano.

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