
“Em São Tomé e Príncipe tivemos a oportunidade de visitar várias roças e contactar diretamente com as pessoas que produzem o cacau. Nas visitas que tivemos o privilégio de fazer, mostraram-nos como se processa o cacau até este chegar às mãos dos produtores de chocolate, um pouco por todo o mundo”, contam na página da marca, que faz as delícias do público aveirense.
Mais do que o segredo do “doce”, as amigas aprenderam também a valorizar as raízes da sua matéria-prima, convivendo de perto com a “amarga vida dos produtores de chocolate”. “Foi, para nós, um grande choque. Neste contacto direto percebemos o quão importante é contribuirmos para diminuir as lacunas e diferenças económicas que existem entre os produtores de cacau e os produtores de chocolate. Assim, inspiradas por esta experiência tão sensibilizadora, colocamos mãos à obra e iniciamos o projeto Feitoria do Cacao”, contam.
Durante um ano estudaram. Ambas fizeram formação como Professional Chocolatier e Chocolate Maker e testaram o cacau de diferentes países até que chegaram a um produto que “privilegia o carácter único e especial que cada terroir pode oferecer”. Assim nasce a Feitoria, um projecto que respeita a natureza do chocolate e dá atenção a todos os detalhes do seu processo de fabrico. “Fazemos chocolate desde o grão de cacau, em micro-lotes, Bean-to-Bar”, explicam.
O produto, único no mercado português, faz sucesso no número 91 da Estrada de S. Bernardo, em Aveiro e a recompensa, mais que monetária, é a de contribuírem para o que as moveu desde o início do projecto: “Pagamos um preço justo, acima do praticado no mercado, pela matéria-prima que utilizamos, contribuindo de igual forma à motivação dos produtores para um cacau de alta qualidade cujo preço é proporcional e adequado ao seu esforço e dedicação. Ganha o chocolate e ganhamos todos os que o provamos”.