
Filipe Pereira esclarece que para criar a base de dados foram usadas diversas ferramentas de bioinformática. À base toda a comunidade científica e médica pode aceder, de forma gratuita. Nessa base de dados podem obter-se informações sobre a diversidade genética do Ébola com os oligonucleótidos (pequenas moléculas de DNA ou RNA, sondas) utilizados no tratamento e deteção do vírus.
A plataforma foi batizada de EBOLAID e "permite comparar e organizar estatisticamente dezenas de oligonucleótidos já descritos na literatura e que se ligam ao genoma do vírus Ébola de forma a inibir a sua replicação ou permitir a sua deteção. Com esta nova ferramenta, cientistas e empresas farmacêuticas podem, a partir deste momento, identificar e desenvolver mais facilmente novas abordagens para a deteção e/ou tratamento do vírus Ébola".
No texto ainda se lê que "a doença causada por este vírus tem uma elevada taxa de mortalidade, não existindo atualmente nenhuma vacina específica comercialmente disponível. A mais recente epidemia de Ébola na África Ocidental vitimou 11.323 pessoas entre mais de 28 mil infetados pelo vírus". Filipe Pereira diz que "as constantes mutações sofridas pelo vírus diminuem a eficiência dos métodos de diagnóstico e tratamento, pelo que é necessário uma análise constante e detalhada da diversidade genética deste vírus. Por esta razão a base de dados será constantemente atualizada de acordo com as novas publicações científicas que vão sendo disponibilizadas por todo o mundo”.