
Subindo ao palco com Mário Delgado na guitarra, João Salcedo nos teclados e piano, João Hasselberg no baixo e contrabaixo, e Carlos Antunes na bateria, Luísa Sobral confessou-se "nervosa” porque "nunca fica mais fácil”, mas revelou que "mais do que os nervos, tenho muita vontade de vos mostrar a minha música”. E foi o que fez durante cerca de uma hora de meia de espetáculo.
Temas como "On my own”, “Alone” ou “My Man” denunciaram as influências do folk e do jazz e trouxeram a nu uma Luísa Sobral mais madura e auto-confiante e que partilhou o palco com “uma das vozes mais bonitas que ouvi”: o irmão mais novo, Salvador Sobral, que retribuiu o elogio afirmando que adora “esta nova persona musical” em que Luísa se transformou.
Gravado em Los Angeles, Luísa é o primeiro trabalho de produção independente da cantora e que, à exceção de duas letras que pediu a João Monge (“Jardim Roma” e “Paspalhão”), conta apenas com letras da própria.
Mas, no Tivoli BBVA, também se ouviu “Hello”, de Adele, e “And so it goes”, de Billy Joel porque, como esclarece a artista, “gosto muito de fazer versões de canções diferentes do meu estilo”.
No encore mostrou-nos o resultado que a solidão durante uma tournée pode ter, com “I´ll be home with you tonight”, fez a vontade a quem queria relembrar o “Xico” e terminou o concerto, sentada nas escadas do palco, de ukelele nos braços, a tocar “Para ti”, música feita para o filho José.
O segundo concerto da digressão do álbum Luísa (o primeiro foi em Aveiro), contou com a presença de alguns colegas de Luísa Sobral, como Rita Redshoes e António Zambujo, mas também das Spicy Noodles, o mais recente projeto da brasileira Érika Machado e da portuguesa Filipa Bastos.
Nas próximas semanas, Luísa Sobral atua no Porto (Casa da Música, 8 de Fevereiro), na Benedita (Centro Cultural, 11), em Braga (Theatro Circo, 14) e Leiria (Teatro José Lúcio da Silva, 23). Em Março e Abril, estará em Ponte de Lima, Loulé, Marinha Grande e Lousada.