Coube a MoMo, carioca que há dois anos adotou Alfama como morada, acompanhado pelo guitarrista Nuno Carvalho e pelo baterista Filipe Basto, o arranque da edição deste ano e, apesar da curta atuação, conseguiu envolver o público com as músicas do seu mais recente trabalho, Voá, que conta com a participação de Camané no tema "Alfama" e com temas de discos anteriores como "Uu", de Cadafalso.

Dominique Pinto é um nome que, à partida, poderá não soar familiar, mas se falarmos em Dom La Nena, logo reconhecemos a menina gaúcha que, sozinha, é uma banda. Entre o violoncelo, a guitarra, o cavaquinho, tambores e outros instrumentos de percussão, Dom La Nena foi passando, principalmente, pelo álbum Soyo, mas, no fim de uma digressão que durou dois anos, recordou ainda o primeiro trabalho, Ela.

"É um luxo terminar esta tournée aqui, ainda por cima a apresentar um disco que nasceu em Lisboa que considero a minha segunda casa. É um ciclo que se fecha da melhor maneira possível, é um mimo", confessou a cantora, e adiantou que "a tournée recomeçará em 2018 porque estou a preparar material novo. Este ano de 2017 vai ser de dupla gestação com um novo disco e um bebé".

No segundo dia, a baiana Márcia Castro e o seu violão apresentaram "Pecadinho", "O ouro e a madeira" e "Na menina dos meus olhos", tema que gravou em dueto com Mayra Andrade, presente na plateia.

A dupla Mariana Aydar e Dani Black, junta pela primeira vez num espetáculo, fechou o pano da Avenida Paulista de 2017 numa exibição com uma química eletrizante, em que houve espaço para duetos, para cantarem à vez músicas de ambos e ainda para se fazer ouvir o tema que os juntou: Axé acapella, gravado por Maria Gadú.

Pelo meio, muita interação com a audiência, desafiada a juntar-se aos artistas na luta contra o frio porque " é uma missão que cabe a nós e a vocês também e como o frio vale para os dois, esquentar é também uma função dos dois".

No final, Dani resumiu o mote do festival: "A delícia deste espetáculo é a possibilidade de atravessar o oceano, estar tão longe de casa, mas sentir-mo-nos tão perto de casa, dentro da sua língua e da sua forma de comunicação. É tão bom saber que as músicas que vamos tocar aqui vão ser completamente compreendidas".

Mariana Aydar e Dani Black atuam hoje, dia 16, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, amanhã no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, e no Teatro Cine de Gouveia no dia 18, espetáculos que vão contar com MoMo na primeira parte.

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