Museu dos Carris vai albergar incubadora para projetos sociais ou ambientais

Um espaço para acolher 150 empreendedores que tenham projetos na área social ou ambiental. É o que vai nascer numa parte do Museu dos Carris, em Lisboa. A abertura está prevista para abril. A incubadora chama-se Impact Hub e está presente em mais de 80 cidades, de Londres a Singapura.
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O Observador dá nota de que o anúncio foi feito, esta semana que termina, no futuro espaço de incubação e cowork, que vai ocupar uma área de 500 metros quadrados, na antiga cozinha e cantina da estação de comboios que hoje dá lugar ao Museu da Carris, em Alcântara, Lisboa.

O mesmo periódico dá nota de que o processo para instalar o Impact Hub em Lisboa foi um processo muito demorado. Há cerca de uma ano noticiava-se que a incubadora iria ser criada num pavilhão na zona do Beato-Marvila com capacidade para 250 lugares de cowork, 85 lugares em espaços reservados para startups ou pequenas e médias empresas (PME). Mas o projeto abortou. Houve ainda mais três tentativas para instalar o Impact Hub em Lisboa até chegar a este espaço em Alcântara que terá capacidade para acolher 150 pessoas, cerca de 60 projetos, dividido entre cowork, escritórios privados, salas de reuniões e uma zona para eventos.

O diretor do Impact Hub Lisbon disse ao Observador que "este espaço pretende ser uma âncora do empreendedorismo de impacto em Lisboa”.

O jornal escreve que "qualquer empreendedor ou empresa, com três, quatro pessoas, com um projeto na área do empreendedorismo social pode juntar-se ao Impact Hub Lisbon, por valores que podem ir dos 50 aos 380 euros mensais. Os projetos que lá se instalarem terão acesso a programas de incubação, aceleração e scaleup (para escalarem) ligação a investidores, a instituições públicas e privadas, e programas de formação mais personalizados, de acordo com as necessidades de cada projeto".

Um dos responsáveis pelo espaço de Lisboa, Filipe Portela, disse à comunicação social que "o Impact Hub não quer vender o metro quadrado. Nós não somos um coworking, não somos uma incubadora, não somos uma aceleradora. Somos um bocadinho de tudo, na realidade”.

Ao Observador o responsável reforçou ainda que "o papel da instituição é o de criar uma rede, que será um dos maiores contributos do projeto para a comunidade”. A partir do momento em que as startups internacionalizem os seus projetos, podem ter acesso a um espaço de trabalho onde quer que exista um Impact Hub, seja em Lisboa, Singapura ou São Paulo, apoiando empreendedores portugueses mas também os estrangeiros que queiram instalar-se em Portugal".

Importa referir que o Impact Hub já está a funcionar num “espaço piloto”, no Príncipe Real, desde novembro. Agora, no novo espaço, no Museu da Carris, a instituição quer lançar "em breve” o MedTech, um programa de aceleração para startups da área da saúde, com resposta social e de impacto. E ainda outra aceleradora para a área das tecnologias. Será ainda lançada uma escola para capacitar populações em risco.

Ao que apurámos, prevê-se que a escola deverá arrancar em março ou abril, com uma duração de cinco meses, em Lisboa, com a possibilidade de ser expandido para outras cidades.

O Impact Hub nasceu em Londres, em 2005, e, desde a sua fundação, já ajudou a criar cerca de 1.250 startups e 4.600 postos de trabalho a tempo inteiro. A incubadora tem mais de 15 mil membros espalhados por 80 cidades, envolvendo, em programas, formações e palestras, cerca de 54 milhões de pessoas em todo o mundo. O Observador escreve ainda que depois do arranque em Lisboa, os responsáveis do Impact Hub planeiam a expansão pelo país. “A ideia é continuar a crescer. Temos já pré-negociados mais 800 metros quadrados e a ideia é continuar a crescer tanto aqui em Lisboa como a nível nacional”, referiu Filipe Portela ao Observador a quem acrescentou que o Impact Hub Porto já está a ser tralhado e prevê-se a abertura em 2018.

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