Katty Xiomara e Desistart fazem parceria para colocar tapeçaria portuguesa na moda

A estilista Katty Xiomara e a empresa portuguesa de tapeçarias de luxo Desistart acabam de estabelecer uma parceria para a produção de peças de moda customizadas, utilizando técnicas que combinam a tradição manual e a mais moderna tecnologia de produção industrial de tapetes.
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Da colaboração entre as duas partes resultou uma capa, confecionada a partir de uma tapeçaria à base de viscose e lã, que pode ser apreciada, na última segunda-feira, em Nova Iorque, durante a apresentação da coleção feminina para o outono/inverno 2017-2018 da designer portuguesa. O evento realizou-se nos Pier 59 Studios, em paralelo à Semana de Moda nova-iorquina, que decorre até amanhã.

"A Katty Xiomara colocou-nos um desafio em janeiro. Em poucas semanas, pudemos responder com um produto de assinalável qualidade, ao nível das criações de uma estilista consagrada como ela. Foi muito gratificante para nós e, estou certo, vai abrir-nos outras possibilidades no mundo do design”, salienta Henrique Ferreira, administrador da Desistart.

As capas propostas pela estilista portuguesa para a próxima estação fria, inspirada nas que os toureiros usam, colocada sobre um dos ombros, foram desenvolvidas especialmente para o desfile de Nova Iorque, promovido pela organização do Portugal Fashion. Pesam cerca de um quilo e são feitas a partir de uma tapeçaria da Desistart em viscose e lã. Em termos cromáticos, apresentam-se numa paleta em que dominam os tons prateados, característica da coleção apresentada na grande cidade norte-americana pela estilista, que se inspirou no tema musical “La Luna y El Toro", imortalizado pelos Gipsy Kings.

A parceria entre Katty Xiomara e a Desistart prevê ainda o desenvolvimento de uma tapeçaria que enriquecerá a passarela da próxima edição do Portugal Fashion, aquando do desfile de apresentação das criações da estilista. A peça, com cerca de 10 metros quadrados, será depois leiloada, revertendo o produto da venda para uma instituição de solidariedade social.

A Desistart tem 20 anos de existência e faturou 1,2 milhões de euros em 2016. Exporta mais de dois terços da sua produção para uma dúzia de mercados, e no final do ano passado concluiu um investimento de dois milhões de euros na modernização, expansão e apetrechamento técnico da sua unidade fabril, num projeto cofinanciado pelo Portugal 2020, através do CENTRO 2020 – Programa Operacional da Região Centro.

Com este investimento, a empresa transferiu a fábrica de São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, para Cortegaça, Ovar, dispondo, agora, de mais de dois mil metros quadrados de superfiície. Criou 12 postos de trabalho e novos centros de competências, assegurando emprego, atualmente, a 33 pessoas.

Mercê das novas condições operacionais e dos recursos técnicos atualmente disponíveis, está apostada em posicionar-se no mercado global como "marca premium” de tapeçarias, sintetiza Henrique Ferreira. Para isso, vai continuar a "apostar na qualidade e inovação”, assim como no incremento da quota exportadora "até atingir os 90 por cento da capacidade instalada”.

Para tanto, vai "reforçar a aposta na internacionalização” e em 2018 espera estar a vender para 18 países. No radar do administrador da Desistart estão Rússia, EUA, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Colômbia e Singapura, que se juntarão aos 12 mercados onde a empresa já comercializa os seus tapetes e alcatifas: Espanha, Bélgica, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Inglaterra, Suécia, Angola, Itália, Canadá e Dubai.

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