Este avanço pode vir a abrir caminho para gerar rins humanos a partir de animais, um cenário que, tendo em conta a falta de dadores, poderá revelar-se a solução para estes doentes que, por vezes, têm num transplante o único tratamento possível para a sua condição.
“Foi com muita satisfação que a comunidade científica recebeu a notícia publicada recentemente nos media sobre o contributo das células estaminais para gerar um rim num estudo realizado pelo Instituto Nacional para as Ciências Fisiológicas do Japão”, acrescenta João Sousa.
“É certo que se trata ainda de uma fase muito primária do estudo, mas não deixa de ser um passo importante na tentativa de se encontrar tratamento alternativo. O passo seguinte será certamente avançar para um estudo clínico em doentes com insuficiência renal”, explica o responsável do laboratório de tecidos e células.
Em meados de janeiro a autoridade norte-americana Food and Drug Administration (FDA na sigla inglesa), publicou no seu site uma nota informativa sobre as novas políticas de promoção e desenvolvimento de terapias celulares e genéticas como forma de tratamento de muitas doenças que hoje em dia ainda não conhecem a sua cura.
João Sousa acredita que “com o esforço dos investigadores e o apoio das entidades reguladoras vai ser possível caminhar mais rapidamente no sentido de encontrar tratamento para muitas doenças que hoje em dia não têm cura”.