Celoplás cresce em Famalicão

Duplicar o volume de vendas e o número de colaboradores é a meta que o grupo Celoplás espera atingir com o investimento de 1,5 milhões de euros que está prestes a concluir numa das suas unidades em Famalicão. O crescimento da área de produção para o dobro, que a CCL-Plásticos vai concretizar já no próximo mês de abril, permitirá duplicar, a curto prazo, a faturação atual de 2,5 milhões de euros e o efetivo de 22 para 40 a 50 trabalhadores.
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Uma boa notícia para Vila Nova de Famalicão que os administradores deste grupo de componentes de engenharia em materiais poliméricos transmitiram a Paulo Cunha durante a visita que o autarca realizou nesta segunda-feira no contexto do roteiro Famalicão Made IN. "É com grande satisfação que constato que a Celoplás está a crescer em Famalicão. Este grupo é um exemplo de incorporação tecnológica que acrescenta valor ao que produz, num sector com uma enorme margem de progressão no nosso concelho”, reagiu o autarca.

O presidente da Câmara Municipal referiu-se à Celoplás como um "bom exemplo da qualidade, capacidade e diversidade industrial de Famalicão” e um "ótimo reflexo da importância do ensino profissional, de onde é recrutada boa parte dos recursos humanos da empresa”.

Trinta anos passados da data da sua criação (1986), a CCL-Plásticos, que esteve na origem do grupo fundado pelos famalicenses João Cortez e José Artur Campos Costa, ganha mais autonomia. Mas mantém a sua ligação umbilical com outras duas empresas do grupo e também instaladas em Famalicão: a Celoprint, em Mões, e a Centi-support, Máquinas e Equipamentos para a Indústria, em Jesufrei.

"A nossa missão de criar valor para a economia local está a cumprir-se, resultado das parcerias que temos desenvolvido com clientes e instituições. Sentimo-nos muito orgulhosos com o facto de o mercado nos continuar a dar oportunidades”, expressou o administrador João Cortez.

O grupo é já uma referência na produção de moldes de elevada precisão para as indústrias automóvel, militar e da saúde, entre outras. É, aliás, único em Portugal na transformação de componentes para a área médica e na transformação de silicone líquido. "Somos muito melhores do que os alemães, mas só vamos crescer à medida que formos capazes de formar os nossos técnicos nesta especificidade”, garantiu.

A Celoplás possui uma forte ligação ao meio académico, destacando-se as colaborações com as universidades de Coimbra, do Porto e do Minho, onde o grupo fundou o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros. Em Famalicão destaca-se a colaboração estreita com a Escola Profissional FORAVE. "Queremos ser os melhores entre os maiores e não podemos ter complexos. Mas temos que mudar o paradigma em Portugal e, para isso, o ensino é fundamental”, sustentou o empresário. Portugal tem um“potencial enorme”, mas precisa de conseguir formar recursos humanos que correspondam às necessidades de indústrias de elevada precisão como as dos moldes, acrescentou.

A Celoplás fechou o ano de 2015 com uma faturação de 23 milhões de euros. Exporta mais de 95 por cento do que produz (Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, Hungria, Suécia, Bulgária, Brasil, África do Sul, Índia ou China) e tem como clientes marcas tão exigentes como a Bosch, Browning, Daimler, Yazaki, Preh ou Visteon.

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