ArtinVitro: jovens de Vila Real fazem crescer plantas em frascos só com luz

Para uma planta crescer não precisa de mais nada a não ser de luz. Quem o diz e prova são dois jovens empreendedores de Vila Real que desenvolveram um projeto, a ArtinVitro, em que para além da biotecnologia e a arte estarem de mãos dadas, as plantas conseguem crescer e desenvolver-se apenas com luz. A incubadora está instalada na Universidade de Vila Real.
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A noticia é avançada pela agência Lusa a quem Bruno Loureiro, antigo estudante do curso de Genética e Biotecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) disse que a ideia de base do projeto desenvolvido por ele e por Miguel Águas, aluno de Mestrado em Ciências da Comunicação na área das Relações Públicas e Publicidade, era a criação de plantas ornamentais que não necessitem de cuidados por parte dos utilizadores e que possam ser um objeto agradável à vista.

A Lusa escreve ainda que apesar de estarem a otimizar mais plantas, por enquanto a dupla de empreendedores usa a calandiva, que é também conhecida como flor da fortuna. Esta é colocada em frascos, com a raiz enterrada num gel que possui todos os nutrientes que a planta necessita para sobreviver um determinado número de meses (até 12 meses), dependendo do tamanho do frasco e da quantidade desse gel. Findo esse tempo, deve-se juntar água para descolar o gel e depois transplantar para um vaso comum.

"Durante esse período as pessoas só têm que por a planta num espaço luminoso e evitar grandes choques térmicos, temperaturas inferiores a dez graus e superiores a 30 graus, e ela vai crescendo e vai-se desenvolvendo um pouco à imagem do proprietário", explicou Bruno Loureiro à Lusa dando nota de que o crescimento da planta (no seu todo incluindo a raiz) pode ser observado. Pode ainda ser observada a forma como a planta se comporta em cada espaço.

"Como a planta está num ambiente isolado, controlado pelo utilizador, cada pessoa vai ter um objeto que em si é único porque vai ser um pouco a imagem do tratamento que se dá à planta", explicou o empreendedor justificando que esta é uma boa solução para quem gosta de plantas, mas não tem tempo para cuidar delas.

De referir que o projeto, a ArtinVitro, une duas áreas bem diferentes: a biotecnologia, através da micro propagação de plantas, e a componente artística e didática, criando produtos adaptáveis a vários contextos.

Na comunicação social lê-se ainda que com esta ideia, que surgiu no final de um estágio no laboratório de cultura 'in vitro' da UTAD, em Vila Real, Bruno quer criar o seu próprio emprego. E no sentido do projeto crescer, os dois jovens empreendedores estão a promover uma campanha de angariação de fundos na Internet ( 'crowdfunding'). O objetivo é angaria 2.500 euros. O dinheiro será, depois, aplicado em equipamento que é necessário para o desenvolvimento e armazenamento do produto.

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