UA debate contributos do design para futuro sustentado dos espaços rurais

No dia 18 de fevereiro, às 14h30, e após dois meses de exibição, é encerrada no edifício da Reitoria a Exposição “Agricultura Lusitana”. A sessão de encerramento será transformada num laboratório vivo de reflexão sobre a nossa memória e identidade, para produzir novos relacionamentos, soluções e significados originais e promover uma inovação social mais ativa e responsável, dando, desta forma, continuidade ao diálogo alargado que o Departamento de Comunicação e Arte da UA (DECA) tem vindo a empreender a este nível com os seus parceiros sociais.
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O espaço da UA, onde se enriquece a cultura lusa e se materializam novos territórios de experiência e conhecimento, e as intervenções de Manuel António Assunção, reitor da UA, Paulo Fernandes, Presidente da ADXTUR, Rui Raposo, diretor do DeCA, Rui Simão, coordenador da ADXTUR e gestor do projeto, Nuno Dias, designer e diretor da licenciatura em Design da UA, João Nunes, designer, orientador do projeto e professor convidado do DeCA, e dos designers Henrique Cayatte e Alastair Fuad-Luke, servirão de mote para debater o design entre o passado e o futuro, a vitalidade para projetar novas relações do homem com o meio e novas e fortes ligações entre o conhecimento o design e a gestão dos territórios.

Promovida pela Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR) em parceria com o sistema científico e técnico e o sector público e de apoio ao investimento nacionais, a exposição Agricultura Lusitana pretendeu “projetar novos caminhos para internacionalizar bens e serviços produzidos no interior do país”. Composta por um conjunto de trabalhos produzidos por mais de 150 artesãos, designers, docentes e alunos de nove escolas superiores de design nacionais, entre as quais a UA, e 22 ateliers artesanais que reinventaram a cultura dos lugares e produziram artefactos representativos da memória e da identidade desses locais, a exposição relacionou conhecimento e comunidades locais em contexto rural para gerar uma nova economia.

Desta forma foi proposta uma reflexão alargada à sociedade sobre o futuro do mundo rural, convidando as escolas e a comunidade científica a oferecerem o seu contributo para o desenvolvimento estratégico do território, como uma oportunidade para atrair para os lugares novos atores capazes de nele se integrarem e qualificarem a base social e de conhecimento, gerando novas oportunidades para um ressurgimento baseado no equilíbrio da natureza, da economia, das infraestruturas sociais e do bem-estar pessoal.

Como escola nacional de referência na área do Design, a participação da UA neste projeto surgiu no contexto da sua política de cooperação com a sociedade. Tendo contado com a participação de alunos do 2º ano da licenciatura em design do Departamento de Comunicação e Arte da UA (DECA), este projeto veio dar continuidade a um conjunto de outros projetos onde as questões da responsabilidade e do ativismo social do design se cruzam estrategicamente com o produto, a comunicação ou os serviços. Os alunos investigaram a realidade e a cultura do território, visitaram as aldeias e recolheram um conjunto de matéria-prima com a qual construíram argumentos que deram origem aos trabalhos apresentados. O contacto com as Aldeias do Xisto revelou-se importante, despertando consciência do que somos e dos valores que possuímos e a ligação com o FabLab introduziu a materialização digital que está presente em cada um dos artefactos. Esta experiência foi mais uma oportunidade para a aquisição de novos conhecimentos e práticas, que os alunos, enquanto novos atores, podem operar no futuro.

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