
Mais um passo para incrementar a boa performance da Lavradores de Feitoria na Noruega. É caso para dizer que há um intercâmbio seguro para ambas as partes: da Noruega chega-nos o bacalhau e Portugal retribui com sedutores néctares de Baco. Pelo menos é o que se passa desde a entrada da Lavradores de Feitoria neste mercado, que rapidamente se rendeu aos vinhos (de qualidade) do produtor duriense.
O ‘Cheda tinto’, um tinto tipicamente duriense que conjuga três castas autóctones (Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional), foi o vinho eleito num tender que o monopólio norueguês lançou no final de 2015. Começou a ser vendido no início do ano e está já a ser um sucesso. Entre os 40 vinhos do Douro provados às cegas, o néctar da Lavradores de Feitoria – uma referência criada em 2002, que foi anos mais tarde descontinuada e relançada em 2014 – foi o eleito.
Lavradores de Feitoria desafiada a lançar Reserva em bag-in-box
Em resposta ao desafio lançado, em 2003, pelo mercado norueguês, onde as políticas ambientais são extremamente exigentes, a Lavradores de Feitoria foi pioneira no engarrafamento de um vinho com ‘Denominação de Origem Controlada Douro’ (DOC Douro) em formato bag-in-box, de dois litros Foi a primeira vez que o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto autorizou tal feito, encetando-se uma nova categoria de produto. Até então apenas acontecia com ‘Vinho de Mesa’.
Olga Martins, CEO e Directora Comercial da Lavradores de Feitoria, assume “que nunca teríamos dado este passo se não considerássemos – e tivéssemos feito testes – que o bag-in-box é uma embalagem perfeitamente digna para acondicionar vinhos de qualidade certificada. Para além da vertente ecológica, é uma embalagem revolucionária é fácil de utilizar e armazenar, permitindo a preservação do vinho depois de aberto”.
A Lavradores de Feitoria rapidamente conquistou uma posição de relevo neste segmento, num país em o formato bag-in-box é responsável por 60 por cento do mercado. O ‘Lavradores de Feitoria tinto’ é há três anos consecutivos eleito o melhor no seu segmento. Para fazer jus à boa performance naquele país da Península Escandinava, o produtor duriense lançou uma nova referência, o ‘Lavradores de Feitoria Reserva tinto’, desta feita em bag-in-box de três litros. Um novo desafio aceite e que afasta a lógica de consumo de bag-in-box em Portugal: embalagens de cinco litros e com vinhos de menor preço. Um néctar que chegou para vencer, o que aconteceu numa prova cega organizada pelo maior e mais conceituado diário norueguês, o Aftenpost, na qual alcançou o primeiro lugar, à frente de vinhos italianos e franceses (líderes de mercado), espanhóis e sul africanos.
A Lavradores de Feitoria, Vinhos de Quinta S.A. é um projecto único, criado em setembro de 2000 e que resultou da união de 15 produtores, proprietários de 18 quintas distribuídas pelos melhores terroirs do Douro, repartidas pelas três sub-regiões (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior). Actualmente compõe a estrutura da empresa 47 accionistas, dos quais 15 são produtores, e 19 quintas, uma delas já adquirida com o capital da empresa. Juntos, somam uma área total de vinha superior a 600 hectares. Estes produtores – com participações distintas no capital da empresa, sob uma só marca, uma só adega e uma só equipa de enologia – juntaram-se para partilhar recursos e criar sinergias de forma a conseguirem o que sozinhos não conseguiriam. Pela primeira vez no Douro, um grupo de convictos durienses associou saberes e experiências, inovação e tradição. Um esforço conjunto e solidário que marcou uma nova época para o Douro. Partilha e associativismo, concertados de uma forma moderna, razoável e inteligente, são os valores subjacentes à Lavradores de Feitoria. O objectivo foi, desde o início, o de criar vinhos equilibrados, elegantes e com potencial de envelhecimento, tendo por base um compromisso declarado com a excelência e tradição do Douro. Todos os vinhos da Lavradores de Feitoria – desde o grande consumo até à grande guarda – são equilibrados, elegantes e orientados para a boa gastronomia, mas sempre com um cunho do carácter do Douro. Na Lavradores de Feitoria são produzidos vinhos de lote e o que chamamos vinhos de terroir. Os primeiros – sob as marcas Lavradores de Feitoria, Gadiva, Cheda e Três Bagos – são feitos a partir de uma rigorosa selecção das uvas das diversas quintas e revelam a complexidade, a riqueza e a tradição de lote dos vinhos do Douro. Já os vinhos de terroir, nos quais se incluem as marcas Meruge e Quinta da Costa das Aguaneiras, pretendem reflectir o carácter e individualidade de uma determinada parcela de vinha.