
Até dia 15 de abril, estão abertas as candidaturas para os criativos que queiram participar no CIM, explicou Graça Fonseca na Cozinha Popular da Mouraria, depois de uma visita guiada ao novo espaço. Ali vão ser instalados empreendedores com actividade na moda, media, design, música, gastronomia e ofícios manufaturados como a azulejaria, olaria, joalharia ou restauro, que dispõem de uma pequena sala de produção.
As candidaturas devem ser entregues online no sítio da internet da Câmara Municipal de Lisboa. Os resultados do concurso serão conhecidos a 15 de Maio, e para 25 está prevista a inauguração do Centro, revelou ainda a vereadora.
Uma âncora
Segundo o comunicado da Câmara, o objetivo é, duplamente, valorizar o carácter inovador dos projectos e a ligação a esta área da cidade. Contrariando a ideia de que os novos negócios surgem apenas nas áreas tecnológicas “há muitas pessoas que procuram reinventar e inovar saberes e técnicas antigas" dando-lhe uma nova dinâmica, afirmou a vereadora. A autarquia pretende apoiar essencialmente jovens com 35 anos ou menos neste espaço, mas a idade não será um factor de exclusão, afiançou.
Para a vereadora o Centro de Inovação da Mouraria pode, com outros projetos, “ser uma âncora para trazer mais pessoas, maior investimento e capacidade de reabilitação e regeneração” para a Mouraria.
A incubadora engrossa assim a rede já existente na cidade e apoiada pelo município através da Startup Lisboa, que assinalou este mês três anos e já apoiou mais de 180 microempresas e 250 empreendedores, mobilizando cerca de uma centena de mentores.
Situado na Rua dos Lagares, o edifício que acolhe o Mouraria Creative Hub é uma antiga residência senhorial do século XV e propriedade municipal desde 1998. A reabilitação, a cargo da autarquia, foi efectuada com recurso a fundos comunitários e ascendeu a cerca de dois milhões de euros.