Catraia: do restauro de móveis à criação de al.mo.fa.das

O arranque foi com o restauro de móveis. Volvidos dois anos, a Catraia, decidiu alargar os horizontes. Para além das peças antigas de mobiliário, restauradas, Iolanda Ferreira, a mentora da Catraia, decidiu criar almofadas às quais aplica cortiça. O projecto, que já era um sucesso, está a crescer cada vez mais e 2015 será um ano de muitas novidades.
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Foi, em Novembro de 2014, que Iolanda Ferreira, uma jovem de São João da Madeira, decidiu introduzir novos produtos da marca Catraia. Depois de uma pesquisa, optou pelas almofadas. As “al.mo.fa.das de catraia”.

“Numa primeira fase decidi criar apenas uma colecção com quatro almofadas que rapidamente foram vendidas. Era um teste, por isso, foram feitos poucos exemplares” – explica a mentora do projecto ao VerPortugal dando nota de que o facto que a levou a introduzir novos produtos tem a ver com o preço. “Por serem objectos mais acessíveis, há maior saída”- refere Iolanda Ferreira.

As primeiras almofadas foram confeccionadas com tecido e cortiça. “Um sucesso. Facto que me levou a criar novas colecções” – acrescenta .

Na nova colecção a cortiça é uma presença constante. Três partes da al.mo.fa.da é feita com cortiça e a outra parte com tecidos ou pêlo. Os tecidos são sempre muito coloridos.

O desenho das al.mo.fa.das é idealizado por Iolanda, tal como a escolha dos tecidos ou da cortiça. Depois, a confecção é entregue a uma costureira.

As vendas são feitas através da sua página online, ou na loja situada na Oliva Creative Factory, em S. João da Madeira. Uma peça destas custa 18 euros. As vendas da nova colecção lançada há uma semana estão a ser um sucesso.

Iolanda Ferreira, designer de interiores numa empresa de arquitectura, criou a Catraia quase por brincadeira e, apesar do negócio ainda só se sustentar a ele próprio, a mentora não para de trabalhar com um único objectivo – transformar a marca Catraia numa referência. Por isso, para este ano as novidades serão muitas.

Recorde-se que Iolanda Ferreira, de 24 anos, não contava criar a própria marca, mas a vida preparou-lhe uma surpresa. Em 2012, participou no programa Starup Pirates, em São João da Madeira, onde foi desafiada a criar uma ideia de negócio para ser trabalhada ao longo do programa. Sem saber bem o que fazer decidiu arriscar: convenceu a organização e, mais tarde, o júri. Ganhou um prémio de criatividade com um projecto de recuperação de móveis antigos através da ligação de elementos históricos e materiais ecológicos. E, o mais curioso é que, na altura, nem sabia como restaurar uma peça! Mas o que parecia um entrave para dar continuação ao projecto revelou-se apenas um detalhe. Daí até lançar a própria marca foi um pequeno passo. Hoje, a Catraia, a menina dos olhos de Iolanda, já abriu uma loja onde os móveis antigos ganham uma nova vida com recurso à cortiça. 

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