Sandra Tavares e Susana Esteban juntam-se para fazer Crochet e Tricot

A dupla de enólogas e amigas Sandra Tavares e Susana Esteban voltou a juntar-se para apresentar ao mercado as colheitas de 2014 dos tintos Crochet e Tricot. Fruto de uma paixão comum pelo vinho e de uma visão partilhada do potencial vínico do Douro nasceu o projecto Sandra Tavares & Susana Esteban. Ao duriense Crochet, o vinho primogénito que vai na quarta colheita, juntou-se recentemente o alentejano Tricot.
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Feitos a quatro mãos, no feminino, Sandra e Susana transportaram para o seu projecto comum a experiência de várias vindimas juntas e muitas outras separadas nas duas principais regiões vitivinícolas de Portugal, o Douro e o Alentejo. A expressão máxima das duas regiões resulta em vinhos sérios, bem-educados que se apresentam finos e elegantes.

As duas enólogas foram buscar a inspiração do nome e da imagem dos vinhos ao universo feminino onde, tradicionalmente, duas mulheres se juntavam para fazer Crochet e Tricot. A designer Rita Rivotti transportou para o rótulo e packaging um meticuloso trabalho de desenho bordado, feito ponto por ponto, transformando o packaging numa verdadeira obra de arte. O trabalho Crochet valeu-lhe um galardão Ouro na categoria Luxo - Vinho e Champagne, nos Pentawards 2014.

As enólogas Sandra Tavares e Susana Esteban começaram a trabalhar no Douro em 1999. Eram, na altura, as duas únicas mulheres a fazer vinho na região, a Sandra na Quinta Vale D. Maria e a Susana na Quinta do Castro, dois Douro Boys. A relação de amizade profunda deixou raízes e a ideia de um projecto comum foi crescendo. As duas enólogas juntaram esforços para produzir um vinho duriense que reunisse visões semelhantes do que o Douro pode ser e tem para oferecer. Da experiência e do sentir comum de muitas vindimas juntas e separadas nasce, em 2011, a primeira colheita do Crochet, um vinho feito a quatro mãos que traduz de forma fiel o espírito colossal e indomável do Douro.  Em 2014 o projecto conjunto estende-se ao Alentejo onde criaram o vinho Tricot, que partilha da mesma visão do primogénito Crochet, a de revelar a expressão máxima da região onde nasce. Sobre a imagem do Crochet, o primeiro vinho desta parceria, inspiraram-se num universo muito feminino onde, naturalmente, “duas mulheres se juntam para fazer… Crochet”. O trabalho meticuloso e o desenho ponto a ponto tornam este bordado uma verdadeira obra de arte. Poucas coisas ilustrariam melhor o amor e dedicação de duas mulheres a um projeto do que este antigo ritual, tão feminino e tão típico em Portugal. Assim a autora do Rótulo, Rita Rivotti, criou com as enólogas o Crochet, um vinho cujas qualidades são elevadas por um packaging excepcional. Nele conseguimos juntar tradição e originalidade, proporcionando uma experiência genuína da natureza do Douro. O Crochet conquistou em 2014 o galardão Ouro, na categoria Luxo - Vinho e Champagne, nos Pentawards, prémios internacionais para o design e criatividade aplicada à embalagem. A imagem e identidade do Tricot segue o conceito do Crochet.

Filha de um Oficial da Marinha e mãe suíça, Sandra nasceu nos Açores e cresceu na região de Lisboa. Trouxe sempre consigo as recordações dos tempos em que pisava as uvas nos lagares do seu avô, em Alcochete, passado que explica a sua ligação a esta área. Escolheu estudar Agronomia em Lisboa. Mais tarde tirou o Mestrado em Itália, onde aprofundou os seus estudos em enologia e desenvolveu um extenso conhecimento sobre vinhos internacionais de qualidade. Em 1999, chegou ao Douro e começou a trabalhar com Cristiano van Zeller na Quinta Vale D. Maria e assumiu o projecto dos vinhos da família na Quinta de Chocapalha, na região de Lisboa. Em 2001 casa com Jorge Serôdio Borges e juntos embarcam na sua própria aventura vínica, criando uma nova empresa - a Wine & Soul - e lançam o primeiro Pintas. Hoje os vinhos da Wine & Soul são fruto do trabalho dedicado e da paixão que esta emblemática dupla tem pela região do Douro.

Susana Esteban nasceu em Tui, Espanha. É licenciada em Ciências Químicas pela Universidade de Santiago de Compostela e Mestre em Viticultura e Enologia pela Universidade de La Rioja. Começou a sua trajectória como enóloga em 1999, na Quinta do Côtto, tendo trabalhado posteriormente como enóloga na Quita do Crasto entre os anos 2002 e 2007. Ambas as quintas situam-se no Douro. Tem trabalhado desde a vindima de 2007 como consultora em diferentes produtores do Alentejo. Em 2011 começa o seu próprio projecto no Alentejo, com os vinhos Aventura, Procura e Sidecar. Sendo-lhe atribuído nesse mesmo ano o premio de "Enólogo do Ano”, o mais prestigiado premio que um enólogo pode receber em Portugal, sendo até este momento a única mulher a ostentar o título. 

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