Monored: a marca portuguesa feita por mulheres e para mulheres

Chama-se Monored. É uma marca de roupa totalmente nacional. É feita por mulheres e para mulheres. A marca aposta no design nacional e a colecção Primavera/Verão 2015 apresenta num estilo contemporâneo, dinâmico e funcional. As roupas, quase que exclusivas, podem ser encontradas em algumas lojas, no Porto e em Lisboa na plataforma Minty.
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Uma marca 100 por cento portuguesa e 100 por cento feminina. Foi com base nesta ideia que Márcia Rego, licenciada em Marketing, decidiu lançar, em 2009, a Monored. Aproveitou o facto de não conseguir emprego na área para a qual se tinha formado nos bancos na Universidade, para recuperar o negócio têxtil da família. Uma recuperação mais pessoal em que a aposta incidiu em factores diferenciadores como o design e a produção nacional.

Inspirando-se tanto no imaginário feminino quanto no cosmopolitismo diário, tecnológico e veloz, a Monored aposta na versatilidade das formas e na simplicidade das linhas, criando peças com uma abordagem minimalista e, ao mesmo tempo, com especial atenção ao detalhe.

Estampados florais, transparências e tons pastel, conjugados com cortes assimétricos e formas overzized marcam a proposta da marca para esta estação. A colecção é inspirou-se no museu dos judeus em Berlim, onde a geometria austera do edifício contrasta com a vegetação impossível dos jardins. As peças da nova colecção podem ser encontradas e adquiridas nas lojas Cusq e Cru, no Porto, ou então de forma online através da plataforma MINTY.

Em entrevista ao VerPortugal a responsável pelo gabinete de comunicação da marca, Andreia Fonseca, explica que na altura em que Márcia decidiu lançar a marca se rodeou de designers de moda, aproveitou o equipamento e a lista de contactos da fábrica têxtil da família e começou a procurar mas matérias-primas necessárias para dar andamento à Monored.

Com o passar do tempo – conta Andreia Fonseca – as peças de roupa passaram a ser produzidas em ateliers subcontratados. Importante será referir que todo o projecto foi desenvolvido sem apoios. “O investimento necessário foi feito na íntegra por Márcia Rego que continua a manter uma actividade paralela para poder sustentar o projecto” – acrescenta Andreia Fonseca.

Actualmente, a empresa é constituída por três pessoas. A Márcia Rego (que mantém outra actividade), Andreia Fonseca (em regime de full-time) e uma designer de moda em regime de part-time.

A estampagem dos tecidos – explica Andreia Fonseca - é feita de forma original e sempre no início da confecção da nova colecção. “A designer de moda cria a estampagem sempre de acordo com um tema. Depois as peças são sempre produzidas em números bastante reduzidos porque se pretende que quem veste Monored o faça quase em exclusivo” – frisa Andreia Fonseca dando nota de que os preços não são acessíveis a todos.

Outro dos motivos pelos quais a produção de cada peça é feita em pequeno número tem a ver com a política da Monored que visa “produzir em qualidade e não em quantidade”. “Não é um design tão comercial e nem todos são capazes de o vestir” – refere Andreia Fonseca.

Desde que a marca foi criada, em 2009, já foram elaboradas sete colecções. “Aconteceram pausas por falta de verbas para o fabrico. Mas neste momento tem havido um equilíbrio e está-se a conseguir lançar as colecções seguidas” – acrescenta Andreia Fonseca em entrevista ao VerPortugal.

A marca já passou fronteiras. Já foi vendida em Barcelona, e já esteve em Londres na loja Portuguese Love Affair. No entanto não é vendida em Londres porque “a partir da colecção de Primavera/Verão de 2014, a marca decidiu voltar-se novamente para o mercado interno. O objectivo é consolidar a marca e conseguir equilíbrio dentro de portas” – acrescenta Andreia Fonseca.

Entretanto, a Monored foi abordados por uma plataforma na Polónia. “Queriam vender a nossa roupa. Ainda estamos a analisar” – explica a responsável pela comunicação da marca que dá nota do facto de ter sido recusada a participação na Vancover Fashion Week.
Cada colecção tem um tema muito específico e a estampagem dos tecidos é feita de acordo com esse tema. “O ano passado, por exemplo, a colecção de Outono/Inverno foi inspirada na arquitectura moderna, daí haver blocos de cor. A desta Primavera/Verão é inspirada é inspirada numa viagem que fizemos a Berlim. A de Outono/Inverno que está a ser preparada é baseada no Futurismo” – acrescenta.

O método de produção é bastante minucioso. As peças são produzidas manualmente, ou em série consoante o tecido usado. Algo que é sempre manual é o processo de modelagem e da criação do protótipo. Curioso é que são sempre mulheres a darem mão à obra.

As peças estão à venda em Santa Maria da Feira, na loja Ivo Maia Designers; no Porto nas lojas Cru e Cusq; em Lisboa na By Poise; em Proença-a-Nova, nas Galerias Showroom. Em Maio abrirá numa loja no Troia Resort e está em análise a colocação à venda dos produtos numa loja do centro da cidade de Aveiro.

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