Inovafil traz inovação em fios para Famalicão

“A Inovafil tinha mesmo que vir para Vila Nova de Famalicão”. Quem o afirma é Rui Martins, o diretor geral da fiação hoje inaugurada pelo Ministro da Economia e pelo Presidente da Câmara Municipal, em S. Cosme do Vale, apontando como fator decisivo para a escolha a capacidade instalada no concelho famalicense, ou seja, “instalações e mão-de-obra experiente, competente e disponível para trabalhar”.
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A Inovafil, empresa participada da Mundifios – o maior trader ibérico de fios têxteis –, arrendou parte das instalações industriais da Têxtil Manuel Gonçalves, em S. Cosme do Vale, que outrora foi um dos principais marcos da indústria têxtil nacional. Ali dedica-se à produção de fios técnicos, diferenciadores e de valor acrescentado. Em causa estão fios multicores, com brilhos metálicos, diferentes aplicações e mistura de fibras. A Inovafil tem capacidade para produzir entre 130 a 150 toneladas de fio por mês e trabalha por encomenda.

O autarca famalicense regozijou-se com este investimento: “É sempre gratificante para um presidente de câmara ver o seu território ser escolhido para receber projetos com a envergadura que este tem”. Paulo Cunha enalteceu o facto de a fiação ter realizado um investimento de 10 milhões de euros em Vila Nova de Famalicão e criado mais de cem empregos. “Agradeço e felicito a Inovafil por ter ido ao encontro de pessoas que estavam inscritas no Centro de Emprego, mas tinham uma grande experiência, pelo percurso que fizeram no sector têxtil. Ao reintegrá-las deu um sinal de muita responsabilidade social”, assinalou.

O edil disse ainda que este novo investimento representa mais um contributo para que Vila Nova de Famalicão, pela sua forte concentração de empresas nesta fileira, seja cada vez mais notado como um cluster têxtil a nível internacional. “Se no passado tínhamos já razões de sobra para nos regozijarmos com o trabalho feito no têxtil, a Inovafil é claramente um grande contributo para fortalecer essa imagem a nível internacional”, fundamentou.

De resto, segundo Rui Martins, existe muito potencial na fiação. “Não numa lógica de produção de fios básicos como a fiação tradicional, mas num processo de fabrico de produtos novos, diferenciadores e articulados com as tendências da moda”.

Neste momento, a Inovafil exporta 15 a 20 por cento da produção. “Mas, na prática, quase toda a produção é para exportação, já que muito do produto que é comprado por clientes nacionais acaba por ir lá para fora”, disse ainda aquele responsável.

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