Origama:toalhas que se transformam em espreguiçadeiras têm apoio de "tubarões"

O desconforto sentido ao ler um livro ou ao querer manter conversa com os amigos, enquanto desfrutava de um bom sol e ouvia o bater das ondas do mar na areia, levou Pedro Ravara e Francisca Falcão a desenvolverem uma toalha que se transformasse em espécie de espreguiçadeira. O projecto, denominado Origama, nasceu em 2012, está a crescer de forma sólida e, até, obteve apoio de tubarões do programa Shark Tank da Sic.
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Corria o ano de 2012 quando Pedro e a esposa, Francisca, começaram a pensar numa forma de ter um objecto que lhes permitisse estar na praia com algum conforto. “Deitados na areia não era o melhor. Era necessário algo que permitisse ler um livro ou conversar com os amigos com algum conforto” – disse ao VerPortugal Pedro Ravara que, em conjunto com a esposa, começaram a fazer experiências e a arranjar “artimanhas” para que a toalha não ficasse totalmente estendida. “Os primeiros protótipos eram rudimentares mas foram sendo aperfeiçoados. Colocámos a invenção, a toalha à qual tinha sido aplicada umas varas de madeira para fazer de encosto, na rede social Facebook. O objectivo era testar o produto junto do público” – explica o empreendedor que, entretanto, abandonou a profissão de piloto de aviões, para de dedicar à Origama.

E qual não foi a admiração ao ver que as encomendas começavam a chegar. “Vendemos num mês, em Agosto de 2012, cerca de 300 unidades” – revela o mentor do projecto dando nota de que as toalhas com encosto produzidas poderiam tornar-se num verdadeiro negócio. E, não é que se transformou mesmo?!

O produto foi sendo aperfeiçoado e, o ano passado já conseguiram abrir o mercado de Espanha. Entretanto, o negócio caseiro transformou-se em empresa que já alimenta doze postos de trabalho. “Eu deixei de ser piloto de aviões e a minha esposa abandonou a arquitetura. Em conjunto, delineamos tudo o que diga respeito à Origama. Desde a escolha do tecido e padrões para a toalha, passando pela madeira a partir da qual são construídos os encostos até à embalagem e entrega ao cliente” – explica o mentor do projecto.

A Origama apesar de bastante jovem já vende para 46 países, sendo que em 26 deles as vendas são expressivas. Nos outros são pontuais. Para o estrangeiro as vendas são feitas online. Em Portugal as vendas são feitas, online, e em lojas. São 70 os postos de venda nacionais. Em Espanha, os produtos Origama podem ser encontrados em meia centena de lojas.

O feedback que tiveram das toalhas foi de tal forma positivo que, Pedro e Francisca, decidiram adicionar outros produtos à marca. Um chapéu-de-sol e a venda de um pára-vento que se transformam em cabana foi outra das invenções que, segundo o empreendedor, está a ter sucesso. “Para este verão a Origama promete mais novidades. Mas sobre elas prefiro falar mais além” – refere o empreendedor.

A ida ao programa televisivo Shark Tank aconteceu para que “a Origama pudesse ter um empurrão em termos de organização, estratégias a adotar para expandir mais e mais a marca e perceber as prioridades a ter” – explica Pedro Ravara.

Depois de ter sido apresentada a empresa, três tubarões decidiram investir. Deram à Origama 120 mil euros em troca de uma parcela de 30 por cento. Entretanto, a sede da empresa também já mudou. De casa dos mentores do projeto para um espaço junto ao Aeroporto de Lisboa. 

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