Malhinter cresce e é exemplo laboral

O crescimento tem sido constante e o investimento promete manter-se. A Malhinter, que opera em exclusivo em regime de “private label”, distingue-se pela qualidade do vestuário, de gama média e alta, que produz para várias marcas de mercados da Europa Ocidental e dos Estados Unidos da América, este último uma aposta onde procura a captação novos clientes. Aliás, será por esta porta e “por efeito de contágio” que a empresa pretende chegar a novos mercados.
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Mas, nesta empresa de Cabeçudos especialista em malhas circulares, o que sobressai é a atenção que presta aos seus funcionários, na sua maioria costureiras, que premeia com a repartição de lucros e que incentiva à maternidade.  

O esforço dos últimos anos tem-se concentrado também em "tornar esta profissão mais atrativa e interessante, mais azul”, confessa António Barroso. Mas, como torná-la numa profissão em que as pessoas acreditem? "Melhorando as remunerações, associando as pessoas ao sucesso da empresa e dando-lhes uma perspetiva de carreira segura”, diz o administrador da Malhinter, empresa que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal, aquando da visita em mais uma jornada do roteiro Famalicão Made IN.

Contratação de proximidade

Por isso, acrescenta, "estamos a tentar tornar o trabalho menos duro, mais sofisticado e elegante, para que os nossos colaboradores se sintam bem e outras pessoas fiquem atraídas por esta profissão”. Mas não tem sido fácil encontrar profissionais, com a empresa a reclamar a dificuldade em encontrar costureiras e quadros intermédios.

De resto, a política da Malhinter tem sido pautada por uma "contratação de proximidade”, numa perspetiva de proporcionar mais qualidade de vida aos seus colaboradores. "A nossa mensagem tem sido: trabalhar na Malhinter é bom, estar próximo de casa é bom, para a família e para a empresa”, justifica António Barroso.

Com um efetivo de 150 colaboradores, a unidade têxtil famalicense registou um crescimento exponencial nos últimos três anos, ao ritmo dos dois dígitos, tendo fechado o ano de 2016 com um volume de negócios de nove milhões de euros. E continua com planos de expansão. Em 2016 investiu 200 mil euros na automatização do processo de corte e para 2017 prevê novos investimentos nesta área e na confeção por via da aquisição de novas máquinas. "Estamos certos que vamos conseguir chegar ainda mais longe”, conclui o administrador.

Visão moderna do têxtil

Para Paulo Cunha, que manifestou "apreço” pelas políticas laborais que a empresa desenvolve e "simpatia” pelos resultados que tem atingido, a Malhinter "representa uma visão moderna do têxtil”. O edil considera mesmo a unidade fabril como "um excelente exemplo” de valorização de profissões ligadas ao sector têxtil, para além de implementar “medidas concretas do ponto de vista salarial e de apoio à maternidade”.

O presidente da Câmara Municipal de Famalicão elogia a "abordagem acertada” da Malhinter ao fazer com que cada pessoa que trabalha na empresa se reveja no resultado final. "Ao distribuir parte dos lucros está a dar razões concretas e a confirmar a abordagem que quer dar a este mercado. São exemplos muito bem-vindos ao sector e estou certo que, sendo replicados noutras empresas, estaremos paulatinamente a combater um problema que afeta a nossa sociedade, que é alguma desconsideração e menorização das pessoas que trabalham neste sector”, remata, com a certeza de que "o têxtil é um sector de futuro em Famalicão”.

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