Universidade de Aveiro inaugura piso tátil

Tem apenas um quilómetro de extensão, mas são mil metros que podem fazer milhares de quilómetros de diferença para quem não vê. Inaugurado recentemente a pensar nos estudantes, funcionários e visitantes com deficiências visuais, o percurso pedonal com piso tátil da Universidade de Aveiro (UA) liga entre si grande parte dos edifícios do campus universitário. O piso engrossa a lista de infraestruturas que a UA tem ao serviço da missão de ser, cada vez mais, uma universidade para todos.
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Projetado seguindo as recomendações da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e financiado pela Corrida Bosch, cujas inscrições têm revertido, entre outras causas solidárias, para o Fundo Social da UA, e por fundos da própria UA, o piso faz a ligação entre o parque de estacionamento que tem lugar para pessoas com mobilidade condicionada, o Edifício Central e da Reitoria, os Serviços de Ação Social, a cantina de Santiago e a totalidade dos edifícios da alameda da UA.

Com um percurso exato de 967,9 metros, e de forma a facilitar a leitura e uniformizar percursos, na conceção do piso foram adotados os materiais utilizados noutros trajetos táteis quer do Campus quer da própria cidade de Aveiro.

Se atualmente são três os funcionários com deficiência visual ao serviço da UA, é enorme o número de estudantes e visitantes que a partir de agora podem ter a vida mais facilitada com o piso tátil.

UA cada vez mais inclusiva

A UA tem-se empenhado em ser, cada vez mais, uma Universidade inclusiva. A implementação e melhoramento das acessibilidades no Campus, ao longo dos anos, com a construção de rampas de acesso para cadeira de rodas, intervenções nos sanitários, adequação de portas de entrada dos edifícios, instalação de plataformas elevatórias e alojamento adaptado são apenas alguns dos exemplos mais visíveis desse empenhamento.

O Serviço de Apoio ao Utilizador com Necessidades Especiais das bibliotecas da UA, que orienta os estudantes com necessidades educativas especiais (NEE), nomeadamente alunos cegos, com baixa-visão, surdos e com mobilidade reduzida, e o Gabinete Pedagógico, que tem por missão o apoio incondicional e procura de soluções para todos os estudantes, ajudam, em muito, a colmatar as necessidades das dezenas de estudantes com necessidades especiais que todos os anos escolhem a UA para rumarem ao futuro. Só neste ano letivo estão inscritos 62 alunos com necessidades educativas, distribuídos pelos diversos cursos dos três ciclos de estudos da UA e pelos cursos técnicos superiores profissionais.

“A UA preocupa-se com os estudantes com NEE, antes mesmo de saber se virão ou não a pertencer a esta comunidade académica”, lembra Gracinda Martins, coordenadora do Gabinete Pedagógico. Assim, o Gabinete convida, todos os anos, em maio, os alunos com NEE do Ensino Secundário das escolas públicas nacionais, os seus encarregados de educação, professores e psicólogos para uma visita à UA para conhecerem as condições que a instituição disponibiliza.

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