
Por detrás da identidade e do logótipo criados pela agência portuense Designarte – Brand Activation para uma das últimas destilarias portuguesas, a MVP Gin, espreita (mais) um exemplo de empreendedorismo luso na área alimentar e aquele que orgulhosamente se afirma como ”o primeiro gin do Ribatejo”.
Sem pressas, como convém a quem traz a lezíria na alma, o Gotik tem vindo desde o último Natal a implantar-se gota a gota, trago a trago, num mercado feito de sabores apurados pelos saberes que cruzam a ancestralidade com as novas tendências de consumo. Mas com a singularidade de uma destilaria de autor e as particularidades de uma região vertidas para uma garrafa.
O bouquet da marca inclui, por isso, aromáticas especialmente selecionadas e características das terras escalabitanas. E, neste estágio, não deixou de colocar as fronteiriças serras de Aire e de Candeeiros na rota de desenvolvimento de um produto único.
São 21 os botânicos presentes (alguns produzidos pela empresa), e deles fazem parte o zimbro português e a abóbora-manteiga, para além de sementes de coentros, pimenta-rosa, cardamomo, noz, tomate, framboesa, amora, morango, erva de São Roberto, hipericão, orégãos, tília, rosmaninho, alecrim, tomilho, flor de laranjeira, limão, tangerina e canela.
Carisma regional à conquista do segmento Premium
Do processo de sete destilações, em alambique de cobre, nascem gotas cristalinas que o palato educado e técnico adjetiva de distintivas, intensas, estruturadas e, mesmo, exuberantes.
Gonçalo Pereira, um dos cinco empreendedores do projeto e gerente da MVP Gin, acrescenta uns quantos substantivos: "Criámos um gin nacional de carisma regional na categoria Ultra Premium, a pensar no consumidor mais exigente e conhecedor. Cada garrafa oferece os sabores e a marca Ribatejo, associados a um modo de produção ancestral de extração de aromas para a produção da bebida".
A homenagem a Santarém e ao traço gótico de muitos dos seus monumentos extravasam igualmente para o rótulo (na edição “Santa Clara”), onde são impressas a letras garrafais as coordenadas geográficas da igreja ex-libris da cidade e o desenho da rosácea que rasga a respetiva fachada principal.
Cinco mercados na calha de exportação
O posicionamento do Gotik é, contudo, internacional. Como precisa Gonçalo Pereira, trata-se de um produto "vocacionado para a exportação", dirigido ao "mercado profissional e conhecedor de gin não contemporâneo". A bebida voltou mundialmente às preferências de muitos consumidores e, nessa retoma, a marca quer ser um contribuinte líquido do "regresso às origens" do gin enquanto destilado nobre.
"As vendas estão a correr muito bem, de acordo com o projetado, e a aceitação e o reconhecimento da qualidade de produto é transversal a todo o tipo de gama de mercado", explica o gestor.
A prova de que tudo flui está no retorno, com uma "alta taxa de sucesso", que a marca está já a alcançar externamente, depois de efetuado um "grande investimento" no Reino Unido, entre dezembro e fevereiro últimos, onde se inclui uma participação numa feira especializada (e para a qual a Designarte – Brand Activation produziu um dos suportes de comunicação).
Dois anos para duplicar a produção e preparar duas novas edições
Na rota está igualmente a terra-natal do gin - a MVP Gin está a ultimar o protocolo de exportação para a Holanda. E seguir-se-á Angola. A Bélgica e a Polónia virão no enfiamento. "Temos em preparação duas parcerias com outras tantas destilarias destes países", esclarece Gonçalo Pereira, que espera finalizar o ano com uma produção global de cinco mil garrafas.
Para 2018, segundo a estratégia gizada, são prospetivadas 10 mil unidades e duas novas edições: um gin tipo Casked Age e ainda um outro destilado, para juntar ao atual London Dry.
E a médio prazo? "Temos uma projeção de 30 mil garrafas anuais e planeada a criação de três novas insígnias, para produzir com a marca do cliente", revela o empresário, ciente da enorme exigência ao nível do investimento financeiro, perante a forte concorrência no setor e os desafios relativos à longevidade da marca, com o aparecimento anual de outros “players”.
Para lhes fazer frente, a empresa conta com o caráter único do Gotik enquanto… Most Valuable Portuguese Gin.
Sabia que… a sigla MVP Gin transporta também o nome dos cinco investidores da destilaria: António Martins, Valter Tainha, João Paixão, Gonçalo Pereira “i” Nuno Duarte. Entre os mentores do projeto estão os professores António Raimundo e Cristina Laranjeira, da Escola Superior Agrária de Santarém, que ajudou nas primeiras experiências e no desenvolvimento do produto.
Bom e o que se pode dizer sobre a DESIGNARTE? A Designarte – Brand Activation é, desde 2000, uma agência de marcas com uma forte orientação para as PME portuguesas. Já trabalhou para mais de 1.200 empresas e conquistou mais de 40 prémios e concursos, na projeção e criação de soluções completas e integradas de comunicação (naming, branding, design e webdesign), com um foco muito forte na credibilidade, consistência e solidez dos clientes, rumo a uma crescente notoriedade.