inRes: nova edição de acelerador de negócios arrancou no Porto

Arrancou, ontem, quinta-feira mais uma edição do InRes, a iniciativa de aceleração de negócios do Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Esta fase de preparação que vai contar com cinco novas equipas - All in Surf, Helppier, James, Smart Insole e Wireless Link - está focada na capacitação dos participantes e na afinação dos conceitos de produto/serviço e de negócio com vista ao desenvolvimento de um plano para a imersão de sete semanas nos Estados Unidos. O workshop de arranque da iniciativa decorreu no INESC TEC, Porto.
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Este ano, a equipa de mentores do inRes conta com o envolvimento e participação de Robb Myer, empreendedor residente da Carnegie Mellon University (CMU), e fundador e ex-presidente da startup de sucesso NoWait. Robb Myer tem sido mentor de dezenas de equipas e possui longa experiência empresarial na área tecnológica.

O inRes inicia-se em Portugal, com quatro workshops e com a participação de mentores. Segue-se a imersão no campus de Pittsburgh e no campus de Silicon Valley da CMU. Depois da imersão piloto em Silicon Valley na edição passada, o programa irá, nesta edição, consolidar a presença no maior aglomerado de indústrias de tecnologias de ponta do mundo, onde estão algumas das maiores empresas e investidores.

Desta forma, "damos às equipas uma oportunidade de formação relevante, em que, neste primeiro momento, podem usufruir de workshops intensivos, e começar a trabalhar numa rede de contactos mais alargada, nomeadamente através do acesso a especialistas e mentores”, afirma João Claro, diretor nacional do Programa CMU Portugal e coordenador do inRes.

O responsável reforça a qualidade das equipas. "As equipas desta edição têm projetos inovadores e muito promissores, explorando setores estratégicos dentro da área das TIC. Para além disso, todas estão numa fase de desenvolvimento que lhes permitirá beneficiar de um dos eixos fundamentais do inRes, que consiste em aperfeiçoar e validar os seus conceitos de produto e os modelos de negócio, através do contacto com especialistas, potenciais utilizadores, clientes ou parceiros”.

As equipas selecionadas para a primeira fase da  terceira edição do inRes e os respetivos produtos são:

All in Surf - Tecnologia aplicada a atividades desportivas de deslize aquático que maximiza a eficácia das medições e facilita a aplicação prática da melhor evidência existente, buscando sempre o aperfeiçoamento da prática desportiva, seja através da melhoria dos treinos, materiais construtivos, equipamentos, etc.

Helppier – Serviço de software online que permite criar ajudas interativas para um site ou aplicação web, num curto período de tempo.

James – Solução de software para gestores de risco que permite utilizar algoritmos avançados para evitar o crédito malparado.

Smart Insole – Palmilha flexível e equipada com sensores que permite a adaptação do produto a qualquer tipo de calçado e segundo as necessidades do utilizador.

Wireless Link – Sistema que melhora a velocidade e a qualidade da transmissão vídeo de drones, em direto.

As equipas selecionadas são provenientes de diversos pontos do país – Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Porto – e algumas possuem fortes ligações a universidades e centros de investigação, designadamente o Instituto de Telecomunicações, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto de Sistemas e Robótica, a Universidade de Coimbra e a Universidade do Porto. Para as equipas selecionadas, a participação no inRes assume-se como uma plataforma relevante que poderá abrir portas e contactos futuros, ambicionando a seleção para a segunda fase, com a imersão nos EUA, proporcionando também a aquisição e consolidação de competências de gestão, fundamentais na fase inicial que as equipas atravessam.

Enquanto coordenador do inRes, João Claro destaca o formato único e inovador do programa, diferenciando-se e complementando as restantes iniciativas de aceleração que existem hoje no país. "Temos conseguido impulsionar estas equipas de forma sólida, contribuindo para o sucesso de novos produtos e serviços num mercado internacional, aumentando a sua viabilidade, sustentabilidade e competitividade”, refere. Neste sentido, o responsável reforça que "o programa foi desenhado a pensar no desenvolvimento dos participantes, quer em termos da capacitação de recursos humanos, quer em termos de evolução do negócio”.

À semelhança das edições anteriores – que já levaram oito equipas aos EUA - AddVolt, Displr, Followprice e Xhockware (2014) e AdaptTech, PlaySketch, Sceelix e Scraim (2015), - o inRes arranca esta quinta-feira com um período de formação intensiva em Portugal, em que as cinco equipas vão participar em quatro workshops e reuniões de trabalho com peritos nacionais e da CMU, a realizar em Lisboa, Porto e Coimbra.

Entre setembro e novembro tem lugar o período de imersão de sete semanas nos Estados Unidos, ancoradas no campus de Pittsburgh e no campus de Silicon Valley da CMU, com enfoque no reforço das competências de gestão e liderança para projetos em fase inicial, no desenvolvimento do conceito de produto ou serviço, bem como no processo de aceleração do negócio. Além de vários seminários, workshops e sessões “hands-on”, os participantes terão a oportunidade de participar em conferências e eventos de relevo internacional, reforçando assim a sua visibilidade e capacidade de networking. Depois da primeira fase em território nacional, serão selecionadas as equipas que poderão usufruir da experiência nos EUA.

Além de João Claro e de Robb Meyer, entre os especialistas envolvidos nesta terceira edição destacam-se também Dave Mawhinney, recentemente nomeado diretor executivo do Centro Swartz de Empreendedorismo, Kit Needham, do acelerador “Project Olympus”, e Tara Branstad e Reed McManigle, do Centro de Transferência de Tecnologia e Criação de Empresas da CMU.

O inRes, abreviatura de “Entrepreneurship in Residence”, é um programa de aceleração de negócios para equipas empreendedoras da área das Tecnologias de Informação e Comunicação. É organizado pelo Programa CMU Portugal, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e apoiado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, em parceria com a Carnegie Mellon University, a Pittsburgh Regional Alliance e o INESC TEC. Mais informação em www.cmuportugal.org.

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