Filipe Cunha, o português que dirige a Orquestra Jovem da União Europeia

Filipe Cunha, formado pela Universidade do Minho, vai dirigir a Orquestra Jovem da União Europeia (EUYO) a 18 de julho, em Kerkrade, Holanda. Para o maestro bracarense, “é um momento único para trabalhar com músicos excelentes, oriundos dos 28 países da UE”, além de permitir naturalmente “abrir portas” na cena internacional.
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O convite surgiu por Jan Cober, maestro titular da EUYO, depois de Filipe Cunha concluir, em maio, o curso superior de direção na Academia Europeia de Direção. “Vai ser uma experiência internacional fantástica, vou aproveitar ao máximo e dar o meu melhor, como sempre procuro fazer”, admite o português, que é diretor musical da Orquestra Filarmónica de Braga, entre outros projetos.

Criada em 1976 pelo Parlamento Europeu, a EUYO é uma orquestra com 140 músicos dos 14 aos 24 anos de idade, eleitos anualmente entre 4000 candidatos de todos os países da UE. Faz digressões pela Europa, mas também já atuou na Ásia e na América. O projeto visa promover a cultura, o património, a paz e a inovação europeia e a busca constante pela excelência.

Filipe Cunha é natural de Lanhelas (Caminha) e vive em Braga. Entrou na UMinho há 25 anos, na qual fez o curso de Flauta Transversal, a licenciatura em Relações Internacionais e foi mestrando em Comércio Internacional. Trabalhou na área da exportação durante vários anos, mas é a música que o realiza, enquanto maestro, diretor artístico, produtor, intérprete e ainda professor de instrumentos de sopro e de corda em várias escolas do Norte de Portugal. “Tenho lutado bastante pelos grupos e pela cultura da nossa cidade e da nossa região”, confessa.

Atualmente dirige a Banda Musical de Oliveira (Barcelos), a Orquestra Filarmónica de Braga, a Fibra - Filarmonia Juvenil de Braga, a par dos projetos “Opera per Tutti”, “Alma Acústica” e “Canções de Abril”, todos em Braga. Foi membro do grupo de jazz “Tramadix” e do coletivo "Sons do Minho". É ainda membro do grupo popular “Canto D’aqui” e diretor pedagógico da Academia de Música da Casa do Professor, onde também leciona instrumentos de corda e classe de conjunto.

Já dirigiu as orquestras sinfónicas dos conservatórios de Ponteareas (Espanha), de Coimbra, da Gulbenkian de Braga e da Escola Profissional de Artes da Covilhã, bem como a Banda Municipal de Pontevedra (Espanha), Banda Musical de Monção, Banda de Moreira do Lima e Banda Militar do Porto, entre outras. Foi clarinetista das bandas sinfónicas Minho-Galaica, do Alto Minho, Sá de Miranda, de Lanhelas, do Rosal (Galiza) e fez também parte de coletivos como a Tuna Universitária do Minho e o Ensemble de Flautas da UMinho. Participou ainda no júri do Festival da Canção RTP.

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