Índios da Amazónia inspiram portugueses na criação de calçado e ajudam a conquistar prémio

Foi nos índios da Amazónia que os criadores da Iguaneye se inspiraram para lançar no mercado uma nova marca de calçado. Batizados de Iguaneye Cloud, os sapatos foram os grandes vencedores da nona edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas, uma parceria da Super Bock com a Fundação de Serralves. Agora, para além de levar para a startup um prémio de 15 mil euros, os criadores da Iguaneye vão representar Portugal no Creative Business Cup, a maior competição internacional na área das indústrias criativas que decorre em novembro em Copenhaga, na Dinamarca.
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No comunicado a Unicer explica que a Iguaneye Cloud é um novo conceito de proteção dos pés, produzido a partir de elastómeros (material muito flexível) que simula o efeito de andar descalço. O interior dos sapatos têm incorporada uma palmilha de cortiça e couro amovível o que possibilita um conforto máximo. O design é, segundo a empresa, "100 por cento original, moderno e disruptivo”.

Para criar os sapatos, os criadores da Iguaneye inspiraram-se no calçado que os índios da Amazónia usam. E isso valeu-lhes o primeiro lugar da nona edição Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves.

Olivier Taco é o fundador da startup que há cerca de um ano disse à Comunicação Social que "a início o objetivo era o de criar uma sandália em que o pé ficasse o mais livre possível. No entanto, chegou à conclusão de que apesar dos típicos chinelos de praia darem liberdade ao pé limitam os movimentos. Por isso, ao longo de alguns anos, o designer foi efetuando vários desenhos chegando ao modelo atual. Trata-se de calçado unissexo, disponível nos tamanhos que vão dos 34 aos 43. No futuro, serão fabricados moldes até ao 45".

O calçado é feito em Vila Nova de Gaia e já é comercializado para o Japão, Estados Unidos, Áustria, Noruega, Tailândia, Polónia e na República Checa.

Nesta edição, o segundo lugar foi atribuído ao projeto Sound Particles e o terceiro lugar ao WonderCover. E em que consiste cada um destes projetos?

Sound Particles viu ser-lhe atribuído o segundo prémio. Está integrado na categoria Conteúdos e Novos Media e trata-se de um software 3D para áudio, vocacionado para as áreas do entretenimento como cinema ou videojogos que permite a criação de milhares de sons em simultâneo e efeitos sonoros de elevada complexidade. Já é usado pelos grandes estúdios de Hollywood. Os mentores do projeto levaram para casa sete mil euros. Já o terceiro prémio foi atribuído ao WonderCover. Trata-se de um acessório físico para tablets associado a apps mobile. Os seus promotores dizem tratar-se de um acessório para dispositivos móveis que permite a utilização simultânea de um único tablet por parte de um grupo de utilizadores locais em jogos e atividades que impliquem ocultação de informação entre os intervenientes. A este projeto foi atribuído um prémio de três mil euros.

Importante dizer que desde a primeira edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves foram apoiados mais de 70 projetos. O ano passado o grande vencedor foi a Noocity, uma startup dedicada ao desenvolvimento de equipamentos para agricultura urbana. Empresas bem sucedidas como Miss Can, Uniplaces, Musikki ou Hole 19 fazem parte da história do concurso.

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