
No comunicado a Unicer explica que a Iguaneye Cloud é um novo conceito de proteção dos pés, produzido a partir de elastómeros (material muito flexível) que simula o efeito de andar descalço. O interior dos sapatos têm incorporada uma palmilha de cortiça e couro amovível o que possibilita um conforto máximo. O design é, segundo a empresa, "100 por cento original, moderno e disruptivo”.
Para criar os sapatos, os criadores da Iguaneye inspiraram-se no calçado que os índios da Amazónia usam. E isso valeu-lhes o primeiro lugar da nona edição Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves.
Olivier Taco é o fundador da startup que há cerca de um ano disse à Comunicação Social que "a início o objetivo era o de criar uma sandália em que o pé ficasse o mais livre possível. No entanto, chegou à conclusão de que apesar dos típicos chinelos de praia darem liberdade ao pé limitam os movimentos. Por isso, ao longo de alguns anos, o designer foi efetuando vários desenhos chegando ao modelo atual. Trata-se de calçado unissexo, disponível nos tamanhos que vão dos 34 aos 43. No futuro, serão fabricados moldes até ao 45".
O calçado é feito em Vila Nova de Gaia e já é comercializado para o Japão, Estados Unidos, Áustria, Noruega, Tailândia, Polónia e na República Checa.
Nesta edição, o segundo lugar foi atribuído ao projeto Sound Particles e o terceiro lugar ao WonderCover. E em que consiste cada um destes projetos?
O Sound Particles viu ser-lhe atribuído o segundo prémio. Está integrado na categoria Conteúdos e Novos Media e trata-se de um software 3D para áudio, vocacionado para as áreas do entretenimento como cinema ou videojogos que permite a criação de milhares de sons em simultâneo e efeitos sonoros de elevada complexidade. Já é usado pelos grandes estúdios de Hollywood. Os mentores do projeto levaram para casa sete mil euros. Já o terceiro prémio foi atribuído ao WonderCover. Trata-se de um acessório físico para tablets associado a apps mobile. Os seus promotores dizem tratar-se de um acessório para dispositivos móveis que permite a utilização simultânea de um único tablet por parte de um grupo de utilizadores locais em jogos e atividades que impliquem ocultação de informação entre os intervenientes. A este projeto foi atribuído um prémio de três mil euros.
Importante dizer que desde a primeira edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves foram apoiados mais de 70 projetos. O ano passado o grande vencedor foi a Noocity, uma startup dedicada ao desenvolvimento de equipamentos para agricultura urbana. Empresas bem sucedidas como Miss Can, Uniplaces, Musikki ou Hole 19 fazem parte da história do concurso.