O Forte das Batarias, em Catraia Cimeira, receberá uma encenação militar, no dia 1 de setembro a partir das 17h00, que irá representar as invasões ao território português, numa viagem que remontará ao período entre o século XVII e Napoleão, uma iniciativa inserida no projeto Beira Baixa Cultural. Este primeiro dia de congresso termina com um espetáculo musical promovido pela ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, em que toda a população é convidada a assistir a partir da 21h30, no Auditório Municipal. Com um programa musical inspirado nas sonoridades entre o Séc. XVII e o Séc. XXI, este concerto contará com a presença da soprano Filomena Silva, ex-aluna da ESART, acompanhada ao piano por José Raimundo, dando assim a conhecer um repertório musical ao longo destes séculos.
Os dias 1 e 2 de setembro de 2017 vão ficar marcados com a realização da primeira edição deste congresso que traz a Proença-a-Nova vários especialistas nacionais e estrangeiros que irão debruçar-se sobre as linhas defensivas desde o século XVII a Napoleão. A primeira sessão de quatro que compõe este colóquio, intitulada “A Linha Defensiva Talhadas-Moradal”, integra ainda a inauguração da exposição documental “A Defesa da Beira Baixa – A Linha Defensiva das Talhadas-Moradal”, que estará patente até 22 de setembro, no Auditório Municipal e cuja inauguração está marcada para as 15h00 do dia 1. O concelho de Proença-a-Nova é rico em estruturas militares que remontam ao Séc. XVIII e às quais se dá o nome de Linha Defensiva das Talhadas-Moradal. Esta era a primeira linha de defesa do território face às invasões que entravam pela Beira-Baixa. Esta exposição realça a importância destes pontos estratégicos, mostrando as rotas invasoras e a estratégia dos militares portugueses face a estas ameaças. De 23 de setembro a 31 de outubro, a exposição passará para o Edifício Fortes e Baterias, em Sobreira Formosa, ficando disponível para visita mediante marcação prévia no Posto de Turismo ou no polo da biblioteca de Sobreira Formosa.
Estas Linhas Defensivas revestem-se de grande importância patrimonial, histórica e turística e ainda hoje permanecem na memória dos populares como sendo do “tempo dos franceses”. Diversos trabalhos de investigação arqueológica e de valorização pública da Linha Defensiva das Talhadas-Moradal, construída antes da Linha Defensiva de Abrantes, têm sido elaborados ao longo dos últimos anos. É neste âmbito que surge a necessidade de um congresso que, além de projetar internacionalmente as estruturas militares existentes em Proença-a-Nova, potencie a troca de conhecimento sobre as linhas defensivas que foram construídas no território europeu, do século XVII e as Guerras Napoleónicas, com foco na sua topografia, nas diferentes estruturas que as integram, na sua função, evolução e eficiência e no seu contexto histórico. O conjunto arquitetónico que compõe a Linha Defensiva das Talhadas-Moradal possui valor histórico e cultural idêntico ao das Linhas de Torres e é neste sentido que a Câmara Municipal e a Associação de Estudos do Alto Tejo irão continuar a trabalhar para que lhe seja reconhecido o devido valor, assim como na identificação, preservação e valorização de todas as estruturas.
O I Congresso Internacional de Arqueologia e História está estruturado em quatro sessões, segundo comunicado remetido ao VerPortugal. Além da primeira sessão já referida, os restantes temas que serão debatidos são: Planeamento defensivo entre os séculos XVII e XIX; Sistemas defensivos na Europa entre os séculos XVII e XIX; e Linhas de Pesquisa e Valorização. O programa completo do congresso está disponível em http://defensivelinecongress.pt/index.html, bem como a possibilidade de inscrição.
