Toino Abel: marca de malas em junco e verga aumenta produção e ganha pontos de venda dentro e fora de Portugal

O fabrico continua a ser totalmente artesanal. A qualidade também não desapareceu. A produção é que aumentou bem como os pontos de venda das Toino Abel, as malas de verga e junco lançadas no mercado por um artesão de Alcobaça que decidiu dar continuidade à arte de tecer que o avô desempenhava. Mas há mais! Face ao sucesso que a marca está a ter dentro e fora de Portugal, a Toino Abel já é sustento de duas pessoas e a coleção Primaver/Verão 2016 está quase, quase a chegar.
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O projeto Toino Abel, idealizado por Nuno Henriques, um artesão de Alcobaça, nasceu há meia dúzia de anos e o seu crescimento tem sido feito de forma lenta mas muito bem sustentada. As encomendas já chegam à centena em cada mês, a forma de vender as cestas já não se limitam à loje online. Em Portugal, há pelo menos dois pontos de venda em lojas multimarca situadas no Porto e Évora e, no estrangeiro, as malas já são vendidas na Alemanha, Espanha, Canadá e Japão. "Estes são pontos de vendas criados no âmbito de parcerias com a marca Toino Abel. Uma marca que já dá emprego, de forma direta, a duas pessoas e ainda consegue dar trabalho, de forma indireta, a cerca de seis artesãos" - explica o mentor do projeto em conversa com o VerPortugal.

O fato da marca estar a crescer levou Nuno Henriques a pensar numa nova coleção. Os novos modelos que estão a ser desenhados  e, brevemente, começarão a ser produzidos, vão fazer parte da coleção primavera/verão 2016. Para desenhar os novos modelo Nuno Henriques inspirou-se em desenhos do passado. "São muitos os desenhos/padrões antigos. Foi feita uma pesquisa, uma seleção e a partir daí foram desenhados os novos modelos que apesar de terem um toque do antigo/tradicional, têm um ar moderno podendo, estas malas, ser usadas em quase todas as situações", explica ao VerPortugal Nuno Henriques.

Há cerca de um ano, Nuno Henriques havia dito que, um dos objetivos para promover o projeto e fazer crescer a marca era o de promover cursos de tecelagem. No entanto, o aumento das encomendas não estão a dar espaço de manobra  para que, neste momento, o mentor da Toino Abel inicie outro projeto paralelo.

As malas Toino Abel são totalmente produzidas à mão com a ajuda de teares, por artesãos conhecedores da arte e a sua matéria-prima, o junco, é apanhada à mão no sul de Portugal, uma vez por ano. A pele usada para os acabamentos também é de origem nacional. Apesar da venda estar a ser feita, na esmagadora maioria, via online, a marca já conseguiu estabelecer protocolos com algumas lojas físicas. Uma delas situa-se no Porto (Coração de Alecrim) e, a outra, está sedeada em Évora (Gente da Minha Terra). No estrangeiro as malas também já são vendidas em algumas lojas. Canadá (Toronto), Japão, Alemanha e Espanha, são alguns dos países para onde as Toino Abel já voam. 

Foi sem querer que Nuno Henriques começou a fabricar malas de senhora em verga e junco, bem ao estilo português. Ao VerPortugal justifica o nome da marca – Toino Abel – com o facto de querer manter as origens familiares. “Via o meu avô, conhecido por “Toino Abel”, a fazer as cestas tradicionais. Adorava o que ele criava e por brincadeira comecei a criar as minhas próprias cestas. Mantive a tradição no padrão mas dei-lhe um estilo moderno” – refere Nuno Henriques que durante anos esteve a trabalhar na Alemanha. Mas como o negócio foi crescendo, regressou a Portugal, mais concretamente a Alcobaça para se dedicar única e exclusivamente à Toino Abel.

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