Cientistas da Azambuja desenvolvem suplemento alimentar para combater o raquitismo

A Cruz Vermelha Portuguesa já mostrou interesse no resultado de uma investigação desenvolvida por três jovens cientistas da Azambuja que, a partir de cascas de ovos, desenvolveram um suplemento alimentar que ajuda no combate das doenças provocadas pela falta de cálcio como o raquitismo.
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Henrique Gonçalves, Margarida Sousa e Nelya Kril, são jovens estudantes da Escola Secundária da Azambuja. E seriam três estudantes comuns não fosse a descoberta que o trio, de jovens cientistas, fez ao criar, a partir de cascas de ovos, uma pastilha que pode ser dissolvida na comida, sem alterar o seu sabor mas adicionando-lhe alto valor nutricional, e ajudar assim a combater doenças provocadas pela falta de cálcio. Exemplo de uma maleita destas é o Raquitismo. A Cruz Vermelha Portuguesa já se mostrou interessada neste suplemento alimentar e o trio aguarda a decisão de Bruxelas para saber se a ideia é uma das premiadas no European Union Contest for Young Scientists (EUCYS).

De acordo com o Diário de Notícias "uma tese de mestrado do Instituto Universitário de Lisboa que apontava a falta de cálcio como a terceira causa de morte em Moçambique levou os três alunos a desenvolverem um suplemento alimentar para combater, por exemplo, o raquitismo e a osteoporose". O trabalho desenvolvido na disciplina de Química é um dos dois projetos nacionais que se destacou na 10.ª Mostra Nacional de Ciência e, por isso, concorreu ao EUCYS.

As experiências feitas pelo trio teve o apoio da professora de Química, Margarida Duarte. Ao longo dos diversos ensaios feitos em laboratório os alunos foram percebendo que há muitas vantagens no consumo de ovos biológicos, a partir de galinhas criadas ao ar livre, comparativamente com os ovos de aviário. "As cascas destes ovos têm maior quantidade de cálcio biodisponível e podem ser transformadas num bem precioso", disseram os cientistas ao Diário de Notícias a quem também explicaram que é possível calcular a quantidade de cálcio que cada corpo pode absorver, em função da idade, e suprir as necessidades das pessoas através das cascas de ovos.

Um dos elementos da equipa disse ainda ao Diário de Notícias que a Cruz Vermelha fez uma apreciação muito positiva reforçando que a medida poderia ser aplicada em países com malnutrição, como Moçambique. Entretanto, o Hospital da Luz está a tentar perceber se a pastilha poderá traduzir-se numa alternativa aos fármacos convencionais.

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