Porto é o distrito em que o Franchising mais aposta

O Porto é o distrito do país que os empreendedores e empresários de franchising consideram prioritário para a expansão das suas redes, reunindo 6,7 por cento das preferências. Seguem-se Lisboa (6,4%) e Faro (6,1%). Numa altura em que a confiança dos portugueses, a taxa de desemprego e o volume de consumo estão em níveis de há nove anos, o franchising representa 2,79 por cento do PIB nacional, com um volume de negócios de 5,2 mil milhões de euros. É, neste contexto, que se realiza no dia 21 de setembro, no Sheraton Porto Hotel, o Porto Franchise.
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Será um dia dedicado ao networking, recheado de novas oportunidades de negócio e de debate sobre as tendências no mercado. Com 40 marcas já confirmadas: Allcan, Body Concept, Branquia, Century 21, Charib Gestão de Condomínios, Charib Imobiliária, Cooperfinance, Depilconcept, Decisões e Soluções, DS Crédito, DS Seguros, Emobike, Euforia dos Sabores, FastFuel, Fitness Factory, Guard Clean, House 360º, House Shine, Iberia Nordic Walking, iConsulting, Infotactile, Le Kiosque à Pizzas, LowCost Veterinários, Lyfetaste by Wine With Spirit, Luzzo Pizzaria, Max Clean, Mercado das Viagens, Meu Super, Minipreço, QViagem!, SA Formação, Refan, Soluções Ideais, SPAR, Telepizza, Tranquilidade, TTRW, UNU Rede Imobiliária, Urban Obras, Wiemspro Portugal -, estão prometidas oito horas de interação.

Os participantes poderão ainda contar com Speed Talks, orientadas por representantes das marcas e especialistas em franchising (programa em:http://www.infofranchising.pt/porto-franchise/).

Área Metropolitana do Porto “puxa” pela economia

De acordo com os dados do 22º Censo do Franchising 2016, realizado pelo Grupo IFE – International Faculty for Executives (que também organiza a Portofranchise) em parceria com o ISCTE, "na generalidade todos os distritos nacionais são áreas alvo de expansão. Ainda assim, mantém-se a tendência verificada nos últimos anos com o distrito do Porto a destacar-se”, adianta Carlos Santos, Business Development Manager do Grupo IFE.

Uma tendência natural se tivermos em conta que o Porto, fortemente industrializado, sempre foi economicamente mais representativo do que a capital. É o setor dos serviços que mais espaço tem ganho na Área Metropolitana do Porto (AMP), concentrando quase metade do emprego e 59 por cento do volume de negócios da região, com a AMP a representar 15 por cento da balança comercial nacional.

Vencedora de vários galardões nos últimos anos na área do turismo, entre os quais o “European Best Destination 2017”, a cidade e a região tem visto os proveitos originados pelo crescimento dos turistas aumentar exponencialmente. E não é apenas o setor imobiliário a ser impulsionado. Segundo o Turismo do Porto e Norte de Portugal já são mais os espanhóis a visitar a região do que portugueses, sendo os proveitos totais dos primeiros cinco meses do ano 143,6 milhões de euros, mais 21,7 por cento do que em período homólogo de 2016.

"São todos estes fatores que justificam a maior aposta do franchising no Porto. A sua liderança económica, mas também o crescente fluxo de pessoas, conduz a uma maior aposta dos conceitos neste distrito. Não nos esqueçamos que, por exemplo, a rua de Santa Catarina é, desde há muitos anos, a rua mais movimentada do país e o fluxo aumentou 20% relativamente há 10 anos”, adianta Carlos Santos.

Mais investimento em Portugal

Em 2016, o franchising representou 2,79 por cento do PIB nacional, com um volume de negócios de 5,2 mil milhões de euros e 117.450 postos de emprego, que correspondem a 2,55 por cento do emprego em Portugal.

Com 574 marcas a operar em Portugal em 2016, mais 36 do que no ano anterior, os serviços continuam a ser o principal setor no franchising em Portugal, representando 57,3 por cento dos conceitos. O segundo setor mais representado é o Comércio com 29,4 por cento, tendo subido 0,24 por cento, revelando uma tendência de crescimento que acompanha a evolução a que se tem assistido nesta área de negócios no contexto económico nacional. Apurou-se também um crescimento de 1,24 por cento no setor da restauração, ao qual pertence 13,2 por cento dos negócios em franquia.

Segundo os dados apurados, em 2016 os conceitos de baixo investimento continuaram a dominar no universo do franchising, com 47 por cento a corresponderem a investimentos até 25 mil euros. No entanto, o escalão que mais cresceu foi o do investimento entre os 50 e os 100 mil euros, que passou de 12,6 por cento em 2015 para 17,7 por cento. Também aumentou em 2,7 por cento a representatividade do nível de investimento situado entre os 100 e os 250 mil euros.

Ao nível das competências, Espírito empreendedor e Perfil Comercial são as aptidões mais valorizadas pelas marcas na seleção de futuros franchisados.

"Este estudo, único levantamento regular sobre este setor em Portugal, demonstra que o modelo de negócio em franquia continua a crescer no nosso país, não só ao nível de número de conceitos, mas também no impacto do franchising no contexto económico nacional. Por outro lado, se tempos houve em que o foco era crescer rápido, agora os empreendedores estão mais concentrados em garantir a consolidação do negócio”, explica Carlos Santos, acrescentando: “Os dados referentes ao primeiro trimestre deste ano anteveem o surgimento de novas marcas, bem como com a expansão sustentada das redes já implantadas no mercado".

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