GQ Portugal distingue personalidades da Música, Ciência e Desporto nos Men of the Year Awards 2016

A gala das galas, a noite das noites. O Pestana Cidadela de Cascais recebeu uma vez mais a quarta edição dos GQ Men of The Year Awards na passada noite de 22 de outubro, que reuniu centenas de celebridades da televisão, moda e música. E porque nada se fazia sem os prémios, 15 personalidades das mais diversas áreas receberam o devido destaque, antes de uma festa recheada de bons momentos e muito boa disposição.
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Nem a chuva impediu várias centenas de pessoas de rodear a black carpet à entrada do Pestana Cidadela de Cascais para ficar a poucos metros de nomes como Lourenço Ortigão, Cameron Dallas ou Kelly Bailey. A noite começou mais cedo para uma lista muito restrita de 80 convidados com um jantar mesmo antes da da gala, que incluiu premiados, acompanhantes e algumas entidades convidadas.

Os Men of the Year Awards 2016 levaram a palco figuras portuguesas como o chef Miguel Rocha Vieira, o arquiteto Francisco Vieira de Campos ou o escritor Valter Hugo Mãe, que ao longo do último ano tiveram um papel fundamental no desenvolvimento das respetivas áreas. O norte-americano Jason Morgan e a modelo transexual Andreja Pejic, bem como o digital influencer Cameron Dallas, foram o grande destaque dos premiados internacionais e mostraram-se encantados com toda a organização e os recantos de Lisboa e de Cascais.

A quarta edição dos GQ Men of the Year Awards contaram mais uma vez com o apoio da Massimo Dutti e da Absolut Elyx. O transportes dos convidados ficou a cargo da Lexus e, à semelhante de anos anteriores, todas as estatuetas foram revestidas com cristais Swarovski.

Eis a lista dos premiados:

Miguel Rocha Vieira (gourmet):A sua notoriedade aumentou por cá depois de ter sido o júri "durão e irreverente” do Master Chef, mas é impossível falar dele sem mencionar as estrelas Michelin: duas em Budapeste, uma no Costes e outra no Costes Downtown, que abriu recentemente na capital húngara, e recentemente na Fortaleza do Guincho, em Cascais. Junta agora, o prémio da GQ à sua impressionante coleção.


The Gift (música): A lista dos seus sucessos é grande mas não podemos esquecer "Ok! Do you want something simple?", "Driving you slow", "Music", "Primavera" e, claro, "Fácil de Entender". Em 2015, celebraram 20 anos de carreira com uma dupla coletânea, uma biografia e uma tournée. Já em setembro deste ano, apresentaram o primeiro single do seu novo álbum, a ser lançado em 2017, e com a participação do mestre Brian Eno.

Francisco Vieira de Campos (arquitetura): Em conjunto com Cristina Guedes, Francisco criou, em 1994, no Porto, aquele que viria a tornar-se num dos mais importantes ateliês de arquitetura a nível nacional, o Menos é Mais Arquitectos. Vencedores do Prémio FAD de Arquitetura 2016, considerado o mais importante prémio dedicado à arquitetura ibérica. E, este ano, distinguidos com o International Fellowship 2017 "em reconhecimento do enorme contributo que têm dado à arquitetura" pelo Royal Institute of British Archictects, um dos sistemas mais rigorosos do mundo.

Henrique Veiga Fernandes (ciência): Assume que gosta de prémios e merece-os, já que num dos seus estudos identificou um interruptor que permite que as células estaminais funcionem melhor e que o transplante de medula óssea seja muito mais eficaz do que é hoje. As suas investigações sobre a doença de Crohn podem vir a melhorar a vida de milhares de pessoas. E esta sua indomável curiosidade já lhe valeu a comenda da Ordem Militar de Sant'iago da Espada, em 2015, e agora o Prémio GQ Ciência 2016.

Valter Hugo Mãe (literatura):Estudou Direito mas, como sempre preferiu escrever por linhas mais ou menos tortas, usou a aprendizagem académica para melhorar o mundo e a literatura. Já ganhou, entre outros, o Prémio José Saramago. Que um dia disse sobre o nosso premiado "é um tsunami literário". Valter Hugo Mãe comemora agora a 20 anos de carreira e lançou recentemente o seu novo romance, Homens Imprudentemente Poéticos.

João Ribeiro (cinema): Não é ator, não surge na tela do cinema e nem tampouco é realizador, mas sem ele não havia filmes como o recente Cartas da Guerra, cuja fotografia tem sido gabada por todo o mundo. Com um papel importantíssimo em filmes como Filme do Desassossego ou a A Corte do Norte ou Transe, João Ribeiro é um dos grandes diretores de fotografia a nível mundial e realizadores como João Botelho, Teresa Villaverde ou Ivo Ferreira não dispensam os seus serviços.

Luís Carvalho (designer de moda nacional): Ainda não fez trinta anos e já deixou o seu cunho na moda portuguesa, com uma marca homónima. As suas criações têm recolhido aplausos da crítica e do público. Luís Carvalho foi o responsável pelos desfiles de encerramento das duas últimas edições da ModaLisboa. A sua grande referência é Raf Simons, na Dior. A sua peça de eleição é o casaco.

Maria Clara (modelo revelação): Aos três anos já fazia campanhas publicitárias, mas foi aos 16 que começou realmente a dar nas vistas, ao vencer o concurso L'Agence Go Top Model. Este ano, com apenas 19 anos, desfilou em todas as principais semanas de moda do mundo, conquistando Paris, Londres, Milão e Nova Iorque, com o seu look clássico mas simultaneamente irreverente. Marcas de referência como Gucci, Valentino, Dior e Dolce&Gabbana não ficaram indiferentes.

Fernando Cabral (modelo masculino nacional): É, muito provavelmente, o único português que atualmente pode reclamar o estatuto de supermodelo. Seguiu as pisadas do seu irmão mais velho e tornou-se presença assídua nas principais semanas de moda e nas páginas das melhores revistas de moda nacionais e internacionais. No currículo, conta com desfiles para Louis Vuitton, Hermès ou Lacoste e campanhas para marcas como Balmain e Marc Jacobs. É ainda o único português presente no ranking dos 50 melhores modelos do mundo no site models.com.

Cameron Dallas (digital influencer): É um ícone das novas gerações e tem milhões de seguidores em todo o mundo. Ora nos faz rir, ora canta fora de tom. Os seus gags humorísticos já atingiram desde 2012 2,3 mil milhões de visualizações. A enorme notoriedade que ganhou nas redes sociais levou-o até ao Netflix, onde será protagonista de um reality show.

Andreja Pejic (modelo feminino internacional): Já foi capa de revistas como a L'Officiel e a Marie Claire e tem sido uma das vozes mais ativas na luta pelos direitos transgénero. Andreja nasceu homem, numa Bósnia-Herzgovina que foi destroçada pela guerra, e, aos oito anos de idade, foi para a Austrália com a mãe; tornou-se uma aluna brilhante e aos 17 anos tornou-se modelo. Em janeiro de 2001 participou tanto nos desfiles masculinos como nos femininos de Jean-Paul Gaultier, e no início de 2014 submeteu-se a uma cirurgia para se tornar definitivamente mulher. Para ela, a luta pelos direitos transgénero é tão importante como a luta contra a guerra ou a favor dos refugiados.

Jason Morgan (modelo masculino internacional): A única vez que perdeu um prémio foi para Dereck Zoolander, e já foi protagonista de campanhas como Aqcua di Gio ou da Armani Underwear. Recentemente, confessou que, se tivesse de escolher uma revista para ser capa, escolheria a GQ, mas ainda assim já foi capa de publicações como a L'Officiel Homme ou a Elle Man.
 
Moniz Pereira (desporto): Foi um dos gigantes do desporto nacional, recordista nacional no triplo salto e campeão nacional também em voleibol, além de ter sido professor de educação física e um dos maiores treinadores da história do atletismo. Como treinador esteve em 12 Jogos Olímpicos, 13 Campeonatos da Europa e em 21 Campeonatos do Mundo de Crosse. Descobriu e levou ao sucesso atletas como Carlos Lopes, Fernando Mamede, os manos Castro, Francis Obikwelu e Naide Gomes. Escreveu ainda fados cantados por fadistas como João Braga ou Camané, mas isso fica para outra conversa.

Lenine Cunha (herói nacional): Foi vítima de um ataque de meningite que lhe deixou sequelas na memória, na fala e no andar, e a sua audição e visão também foram afetadas. Dois anos depois, a sua mãe inscreveu-o no atletismo onde veio a descobrir que era a paixão da sua vida. Agora é o atleta mais medalhado do mundo, já ganhou mais de 180 medalhas internacionais em diversas provas de atletismo – entre elas bronze nos Jogos Paraolímpicos de 2012. Aos 33 anos, é um exemplo de força mas ganhar medalhas não é tudo, este homem fundou o Sport Clube Lenine da Cunha, cujo objetivo é ajudar o maior número de crianças possíveis.

Maria da Conceição (mulher do ano): Ex-hospedeira da Emirates, foi durante uma escala de 24 horas na capital do Bangladesh, Dhaka, que, ao ver a extrema pobreza da população, decidiu mudar de vida. Em 2005, fundou a Fundação Maria Cristina, numa homenagem à sua mãe adotiva, uma refugiada angolana que a acolheu mesmo sendo viúva e mãe de seis crianças. Já retirou centenas de crianças das ruas e acredita que a educação é a chave para combater a pobreza. Para angariar fundos para os projetos da fundação, tornou-se na primeira mulher a correr sete maratonas em sete semanas seguidas e em continentes diferentes e até já escalou o topo do Evereste. Tudo para dar às crianças do Bangladesh uma oportunidade de estudarem e quebrarem o ciclo de pobreza em que cresceram.

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