
Luís Pato foi um dos grandes impulsionadores da duriense Quinta do Pôpa. Desde cedo incentivou Stéphane Ferreira – um dos "Netos do Pôpa” – a abrir as portas deste que é um projecto assumidamente de família, passando a comercializar os néctares que ali nascessem. A família aceitou o desafio e nem hesitou em convidar o bairradino para assessorar a enologia dos seus vinhos. Em simultâneo, começava a desenhar-se um inovador tinto, de seu nome ‘TRePA’ – este era o nome inicial do ‘PaPo’, nome que teve que ser abandonado no mercado nacional, mas que se mantém para o estrangeiro.
Um vinho que nasceu para concretizar um velho sonho de Luís Pato, combinando uvas da casta Tinta Roriz, de um dos vinhedos da duriense Quinta do Pôpa, com a potente Baga da Vinha Pan. Um tinto que mostra uma grande estrutura, mas é envolvido por muitas camadas de fruta madura, o que faz com que possa ser apreciado desde jovem ou ser guardado por muitos anos; a guarda conferir-lhe-á evolução. Assim e para mostrar o seu potencial de evolução, a terceira colheita só agora, passados 7 anos, chega ao mercado. O ‘PaPo tinto 2009’ acompanha na perfeição carnes vermelhas, caça e peixe gordo assado no forno, mas igualmente um queijo de pasta mole.
"Este é um vinho que resulta da conversa entre duas regiões: o Douro quis conversar com a Bairrada e a Bairrada com o Douro. É a combinação perfeita da “doçura” e do poder da Tinta Roriz, do Douro, com a delicadeza dos taninos gourmand da Baga, da Bairrada", enaltece Luís Pato. O produtor e enólogo acrescenta que "este vinho precisa de ser decantado" e afirma que o mesmo "faz muito bem à saúde, em especial ao coração, devido aos seus poderes antioxidantes". O seu testemunho sobre o ‘PaPo’ em https://www.youtube.com/watch?v=lhJfSfj3eCA
No que toca à feitoria do ‘PaPo tinto 2009’, as uvas foram, nos dois casos, vindimadas manualmente e transportadas até à adega em pequenas caixas. Antes de serem desengaçadas e esmagadas, estiveram estabilizaram em câmara frigorífica. A Tinta Roriz foi vinificada em lagares de granito com interior de inox e temperatura controlada, com homogeneização por pisa a pé, enquanto que a Baga, da Bairrada, foi em cuba de inox. A trasfega foi feita por gravidade e directamente para barricas de carvalho francês (20 por cento novas e as restantes de segundo e terceiro anos) onde estagiou durante 9 meses. O vinho de Tinta Roriz foi transportado para a Bairrada, em Janeiro de 2011, onde foi feito o lote final e o engarrafamento.
Sobre a Quinta do Pôpa:
A Quinta do Pôpa é uma “janela sobre o rio Douro”. Propriedade duriense produtora de vinhos localizada na encosta da EN 222, no concelho de Tabuaço, em pleno Alto Douro Vinhateiro. O nome e história desta Quinta simbolizam a realização de um sonho que tem passado de geração em geração, homenageando Francisco Ferreira, mais conhecido como Pôpa: o seu filho adquiriu parte da propriedade em 2003, mas hoje são os seus netos – Stéphane e Vanessa Ferreira – que estão nos comandos da Quinta do Pôpa, com o objectivo de produzir vinhos de homenagem. Um projecto familiar apadrinhado desde o início pelo enólogo Luís Pato e que actualmente conta com a enologia de Francisco Montenegro e João Menezes. Com uma área total de 30 hectares, dos quais catorze são de vinha, toda de letra A; e 3,5 ha de olival. São quatro os hectares de vinha velha, com mais de 80 anos e uma mistura de mais de 21 castas. Na produção conciliam-se as técnicas mais sofisticadas com séculos de rigorosa tradição, como a vinificação através da pisa a pé em lagares de granito a uma temperatura controlada; e na construção de uma marca com personalidade e qualidade, criada através da sua história e do casamento harmonioso entre a terra e o clima que o seu terroir tem para oferecer. Sempre com a chancela de “Vinhos de Homenagem”, a Quinta do Pôpa categoriza os seus vinhos em quatro patamares, com a marca ‘Contos da Terra’ na base da pirâmide, seguida do ‘Pôpa branco’ e ‘Pôpa tinto’ a integrar a gama Selection. Sob a umbrella‘Premiun’ está a trilogia ‘Pôpa VV’ (Vinhas Velhas), ‘Pôpa TR’ (Tinta Roriz) e ‘Pôpa TN’ (Touriga Nacional). No topo estão os ‘Special Editions’: ‘PaPo’ (ou ‘TRePA para o mercado internacional), ‘Pôpa Doce’ (o primeiro vinho tinto doce do Douro) e o ‘Quinta do Pôpa Homenagem – o grande tributo a Francisco Ferreira’.