
O Município de Loulé, inserido na sua política e estratégia cultural, considera esta parceria um investimento precioso a dois níveis: o do conhecimento, através da produção de um catálogo da exposição que reúne vários especialistas, e o da valorização da identidade do Concelho e da autoestima das suas populações, tendo a possibilidade de (re)ver o seu Património na capital do país, num monumento emblemático – o Mosteiro dos Jerónimos - e numa instituição que teve como diretor um louletano – Manuel Viegas Guerreiro.
“Loulé – Territórios, Memórias e Identidades” é um investimento no Património Cultural do Concelho, conferindo-lhe uma função social acrescida e, por outro lado, é um momento marcante para a história da instituição Museu e da sua equipa, pois permite aprofundar o conhecimento das coleções, permite novos olhares, novas questões e novas relações entre as entidades que partilham o património louletano.
A Exposição é comissariada por Victor Gonçalves, Catarina Viegas e Amílcar Guerra, da Universidade de Lisboa, Helena Catarino, da Universidade de Coimbra, e Luís Filipe Oliveira, Universidade do Algarve.
A Exposição reunirá um acervo de centenas de peças e contará com a participação de várias instituições que cedem peças a título de empréstimo. O trabalho de preparação de uma exposição é (quase) sempre invisível. Nesse processo, a construção de conhecimento, a recompilação de dados e a construção de novas narrativas sobre o território são alguns benefícios, outro é a incorporação definitiva dos bens arqueológicos provenientes de escavações realizadas no sítio de Corte João Marques, em 1978, sob orientação científica do Professor Victor Gonçalves no Museu Municipal de Loulé, fechando-se assim um ciclo de estudo e abrindo-se um novo ciclo de salvaguarda, que tem como missão garantir a sua difusão e “devolução” à comunidade.
O espólio arqueológico do Corte João Marques regressa, assim, a Loulé passados 30 anos, integrando o acervo do Museu Municipal. A Autarquia deixa um agradecimento especial a Victor Gonçalves e à UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa por ter possibilitado esta iniciativa.