
Com mais de um milhão de hotéis em todo o mundo e líder indiscutível no que toca a reservas, o Booking não passa desconhecido. No entanto, a aposta da AHP quer colocar Portugal em pé de igualdade com esse e outros sites internacionais. O projecto deverá ser apoiado em 70 por cento por fundos comunitários.
“Vamos fazer o booking português”, afirma Raul Martins, presidente da associação, ao Expresso. O responsável refere que a hotelaria portuguesa quer “tomar nas suas mãos um puco da distribuição e do seu futuro”.
A criação da plataforma vai de vento em poupa, muito devido à “demora” do Governo em aprovar a revisão da lei que trará de volta aos hotéis a classificação obrigatória por estrelas, prometida até ao final do ano. Para o presidente, as unidades hoteleiras não podem “ficar reféns” de reviews e pontuações de sites do género.
Assim, a plataforma portuguesa não planeia ser “uma central de venda, mas sim agregadora da oferta”, encaminhando as reservas para as respectivas páginas dos alojamentos, “ficando cada um dono do seu negócio”, refere Raul Martins.
Apesar de não quantificar o investimento envolvido nesta plataforma, o responsável referiu que deverá ser comparticipada em 70 por cento com fundos comunitários do programa Portugal 2020, designadamente do Sistema de Incentivos às Ações Coletivas (SIAC) do Compete.