
A história deste Vinho do Porto remonta à vindima de 1867, na Quinta das Carvalhas, uma das mais proeminentes propriedades do Alto Douro que se destaca na paisagem duriense pela sua beleza e pela espectacularidade das suas vinhas. Trata-se, verdadeiramente, de uma recôndita memória viva do século XIX, preservada no tempo com meticuloso cuidado e quase religiosa devoção, inicialmente nas caves da reputada firma Miguel de Sousa Guedes e, mais tarde, em meados do século XX, por incorporação desta empresa, deixada aos cuidados das sucessivas gerações de mestres de cave da Real Companhia Velha.
Este Vinho do Porto prosseguiu o seu longo e paciente envelhecimento nas sumptuosas caves da Vila Nova de Gaia, em pipas da mais nobre madeira de carvalho, até atingir a perfeição, destacando-se uma sumptuosidade aromática e uma inesquecível dimensão de prova. Após 149 anos de estágio e no ano das comemorações dos 260 anos da fundação desta Companhia Pombalina, o destino deste vinho cruza-se com a história da mais emblemática empresa de Vinho do Porto – a Real Companhia Velha –, cujo legado se confunde com a própria história do Vinho do Porto.
Fundada por Alvará Régio de D. José I, El-Rei de Portugal, sob os auspícios do seu Primeiro-Ministro Sebastião José de Carvalho e Mello, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, a esta Majestática Companhia foi confiada a missão de estabelecer a Região Demarcada do Douro – a primeira demarcação do mundo – com o propósito de organizar o sector do Vinho do Porto e conceber a regulamentação que viria a controlar a produção e o comércio do Vinho do Porto. Na qualidade de 27.º Presidente da Junta da Administração e membro da família Silva Reis, proprietária desta vetusta Companhia, Pedro Silva Reis celebra a pureza e a genuinidade deste extraordinário Vinho do Porto muito velho, da colheita de 1867, refrescado com uma pequena quantidade da colheita de 1900, que lhe proporcionou vigor e frescura.