
Trata-se de um projeto revolucionário, cofinanciado pelo Compete 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à I&DT, inserindo-se no novo paradigma da economia circular. Com este passo a Riopele, de Vila Nova de Famalicão, propõe-se a “fechar o ciclo” na indústria têxtil.
A marca TENOWA, resultante da metamorfose de resíduos têxteis em novos tecidos com uma forte componente ecológica, já que o seu processo produtivo evita a utilização de matéria-prima virgem, de água e de energia. De referir que os novos tecidos neutralizam os odores.
Para a produção dos novos tecidos são usados resíduos provenientes das indústrias de carnes e cervejeira que apresentam um enorme potencial de valorização no acabamento têxtil, pelas suas propriedades intrínsecas.
Neste projecto estão também envolvidos o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE) e a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa (ESB).
Fundada em 1927, a Riopele é uma das mais antigas empresas têxteis portuguesas e uma referência internacional na criação e na produção de tecidos para coleções de moda e de vestuário. Opera em todo o mundo através de uma vasta rede de agentes que lhe permite exportar cerca de 98% da sua produção de tecidos de moda para vestuário. O percurso da Riopele está associado ao da família Oliveira, a quem sempre pertenceu o controlo exclusivo da empresa. A actual administração é presidida por José Alexandre de Oliveira, neto do fundador.