
Virginia Coutinho, empreendedora digital e fundadora da Kutsaka apresenta este projeto como "algo que tinha em mente desde a minha visita a Moçambique no início deste ano, enquanto voluntária. Procurei criar algo que fosse uma mais valia em todo o processo de económico. Ou seja, desde a produção, à comercialização e distribuição das receitas, tudo fosse 100 por cento transparente e justo, bem como trouxesse uma ligação entre os consumidores e as causas a apoiar".
A Kutsaka vai produzir numa primeira fase, em parceria com a AIREV, materiais decorativos como colares e almofadas, com capulanas (tecidos africanos) adquiridas a comerciantes locais em Moçambique. Assim sendo a Kutsaka estará a apoiar não só o desenvolvimento da economia local, como apoiará o desenvolvimento de atividades da AIREV com jovens com deficiências mentais, revertendo o lucro obtido da venda destes produtos para apoiar dois projetos em Moçambique.
Os planos de futuro deste projeto, centram-se no alargamento da oferta de produtos possíveis de adquirir, bem como numa repartição dos lucros para mais projetos estruturais em Moçambique.
Desde já a aposta é de apoiar a compra de máquinas e formação em costura para jovens de famílias carenciadas em Gaza (através da ONG Um Pequeno Gesto) e a compra de lancheiras térmicas para distribuição de comida em bairros sociais em Maputo a crianças e jovens (através da plataforma Makobo).
Já em 2018 está previsto abranger também projetos sociais de formação e de estruturas em Moçambique.
A aposta deste projeto empresarial social, assenta na transparência, na seleção de causas e projetos de impacto social imediato e estruturante, bem como nos princípios de comércio justo, sendo possível a cada consumidor conhecer no momento da aquisição de cada produto o custo da cadeia de valor na sua produção, promoção e distribuição.