Ovos moles de Aveiro já podem ser congelados e exportados

Os ovos moles de Aveiro já podem ser exportados. A União Europeia emitiu, esta semana, a respetiva autorização para que o ex-libris da doçaria aveirense possa ser levada aos quatro cantos do mundo. Uma autorização que só chegou depois de investigadores da Universidade de Aveiro terem feito os testes necessários para garantir que ao serem congelados os ovos não perdem caraterísticas e podem chegar aos países mais longínquos.
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Segundo noticia publicada no site da Universidade de Coimbra, a conclusão do estudo, encomendado à UA pela Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro (APOMA) com o objetivo de internacionalizar o produto, revelava em finais de 2011 que o doce conventual quando ultracongelado a 40 graus negativos mantém o sabor inicial e não é nocivo para a saúde durante cerca de quatro meses.

"Em termos microbiológicos e de análise sensorial não há problema nenhum com a congelação dos doces pois não há alteração dos seus componentes químicos”, garantia o investigador Manuel A. Coimbra, do Departamento de Química (DQ) da academia de Aveiro.

Na noticia lê-se ainda que "a constatação do grupo de investigadores da UA, coordenado por Manuel A. Coimbra, do Departamento de Química, e com a colaboração de Sónia Mendo, do Departamento de Biologia, abria assim as portas à comercialização no mercado externo dos ovos moles, um negócio até então proibido face aos tradicionais 15 dias de validade do produto feito à base de gema de ovo e certificado pela União Europeia com Indicação Geográfica Protegida".

Com a publicação do regulamento europeu que autoriza a exportação deste doce tradicional mediante a obrigatoriedade de estar ultracongelado, congratula-se a APOMA, "pretende-se iniciar a comercialização no mercado europeu do produto ultracongelado de uma forma efetiva na diáspora portuguesa”.

Lê-se ainda na noticia que a autorização vinda de Bruxelas é para a APOMA uma oportunidade de alavancar o crescimento socioeconómico da região de Aveiro, assim como de empregar novos funcionários de forma a completar a fileira de produção, que agora terá de ser alargada.

A Associação foi constituída em 2000 e tem atualmente 38 produtores de ovos moles de Aveiro no processo de certificação da identidade geográfica protegida.

 

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