
Maximino Bessa, investigador do INESC TEC e professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) disse ao site da Universidade do Porto que "a obtenção de informações precisas e confiáveis através da análise de imagens é muito importante, nomeadamente na área dos sistemas autónomos e não tripulados”.
Estes sistemas precisam de ser operados numa ampla variedade de condições de iluminação. Muitas vezes as imagens são recolhidas em situações extremas de luz onde podem existir múltiplos objetos em situações de iluminação muito distintas. "Por exemplo, um objeto pode estar numa área muito escura (numa sombra), enquanto outro pode estar numa área muito brilhante (sob o brilho do sol)”, explica o investigador ao site da Universidade do Porto.
"Este é, por isso, um projeto inovador já que, atualmente, neste tipo de cenários, mesmo os mais recentes algoritmos, são incapazes de realizar o seguimento de objetos devido à sua incapacidade de extrair informação dos dados capturados, uma vez que as imagens capturadas podem estar sub ou sobre-expostas", lê-se na notícia.
A informação veiculada na notícia dá ainda nota de que com este projeto pretende-se ultrapassar esta limitação, através da utilização das técnicas de Elevada Gama Dinâmica conhecidas por HDR (High Dynamic Range).
Esta é a primeira vez que o INESC TEC consegue aprovação de um projeto com a ONR, que faz parte do Departamento da Marinha do Governo dos Estados Unidos da América e tem como objetivo coordenar, executar e promover os programas e ciência e tecnologia da US Navy e do Corpo de Marines.
Na investigação que terá a duração de dois anos participam, além do INESC TEC (entidade que coordena o projeto), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a Universidade de Warwick (Inglaterra).