Um galardão que destaca a dedicação, o trabalho e o constante investimento nos processos de viticultura das cinco quintas que integram o património da Real Companhia Velha. São mais de 550 hectares de vinhas próprias distribuídas pela Quinta das Carvalhas, Quinta de Cidrô, Quinta do Síbio , Quinta dos Aciprestes e Quinta do Casal da Granja.
A revista Paixão Pelo Vinho elegeu a Real Companhia Velha – nomeada entre 10 grandes nomes do sector na referida categoria –, frisando que ao longo da sua história, a Companhia, tem mantido um papel muito importante para o Douro e para os vinhos portugueses. Preservar o legado de gerações anteriores com os olhos postos no futuro é o propósito da Companhia para as suas vinhas, de onde nascem, ano após ano, vinhos de excelência e bastante distintos entre si.
Real Companhia Velha: cinco quintas com especificidades muito próprias
A Quinta das Carvalhas impressiona pela sua beleza ímpar, sendo mesmo considerada a "Quinta de Imagem do Alto Douro Vinhateiro”. Visitá-la é ver o Douro por dentro, com os trabalhos da vinha, a apanha da azeitona ou a reconstrução dos tradicionais muros de xisto. É ver vinhas com quase 100 anos e encostas com 70 graus de declive, é admirar o rio Douro, mas é também desfrutar de fauna e da flora em simbiose. Pela Quinta das Carvalhas estão espalhados jardins, construídos com pedras de granito antigas e esteiros de xisto e onde foram plantadas várias espécies de flores, plantas e ervas aromáticas.
A Quinta de Cidrô é um modelo de experimentação vitivinícola – novas castas e novos estilos de vinhos –, tendo em muito contribuindo para a imagem de um Douro moderno. Com 240 hectares, dos quais 140 são de vinha é uma das maiores “manchas” contínuas de vinha na região. Remonta à década de 70 a plantação desta cultura com um espírito pioneiro e uso de tecnologia de ponta. O suave relevo permitiu a instalação de vinhas segundo a linha de maior declive (vulgo “vinha ao alto”), possibilitando a entrada de tractores com vista à mecanização de algumas tarefas culturais. Ao nível das variedades, plantaram-se castas nacionais de reconhecido mérito, como a Touriga Nacional, e outras de carácter internacional bem conhecidas em todo o mundo, das quais se destacam o Chardonnay ou o Sauvignon Blanc.
Se a modernidade está bem patente na Quinta de Cidrô, a viticultura tradicional mora na Quinta do Síbio, uma das mais antigas e tradicionais propriedades da RCV. Uma Quinta que beneficiou de uma total reconversão das suas vinhas e é, nos dias que correm, palco de um dos projectos mais inovadores da região: a recuperação de antigas castas do Douro, algumas delas em risco de extinção. Com a vinha plantada em socalcos, suportados por muros tradicionais de xisto, é uma das propriedades que melhor ilustra a história duriense no que respeita à cultura e tradição, sendo possuidora de um enorme potencial vitivinícola e de uma magnífica paisagem sobre o rio Douro.
A Quinta dos Aciprestes é o arquétipo da viticultura de montanha, com uma localização privilegiada, no coração da região demarcada, e a altitudes entre os 100 e 300 metros, em terrenos declivosos. As suas vinhas foram reconvertidas nas últimas décadas, sendo que cerca de 90% estão plantadas no sistema de vinha ao alto, o que possibilitou a mecanização de uma importante parte da propriedade.
Situada no planalto de Alijó, em pleno coração da maior mancha da casta Moscatel Galego em Portugal, em terrenos levemente ondulados e a altitudes entre os 520 e 640 metros, a Quinta do Casal da Granja é famosa pela produção de brancos e de vinhos doces de podridão nobre. Foi adquirida pela Real Companhia Velha em 1968, altura em que sofreu um processo de conversão para a cultura da vinha.
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