S. Roque quer ser líder mundial de estampagem em três anos

Três anos. É este o prazo dado pela administração para que a S. Roque, empresa de Famalicão, líder na construção e comercialização de máquinas de estamparia têxtil dá, para se tornar em líder mundial na área. Para isso já colocou no mercado uma máquina, já vendida para 50 países, que está a revolucionar o modo de estampagem.
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Há mais de 30 anos que a S. Roque ajuda a indústria têxtil e do vestuário mundial a ditar a moda, estampando as suas colecções. Estampa entre 800 a 1000 peças por hora, tem até 50 paletes e até 44 cores diferentes, mede 40 metros e confere qualidade ímpar ao produto. Estas são as principais características da máquina oval de estampagem que a empresa de Vila Nova de Famalicão inventou e garante ser a melhor do mundo.

A S. Roque é uma das maiores empresas mundiais na construção e comercialização de máquinas de estamparia têxtil. Constrói máquinas customizadas e de alta performance e precisão para a indústria têxtil com recurso a tecnologia de ponta nas áreas do corte a laser e da quinagem. É o resultado do recente investimento de 10 milhões de euros na expansão e modernização da capacidade instalada em infraestruturas (actual área de produção tem 20 mil metros quadrados) e tecnologia.

 A nova máquina de estampagem conferiu à empresa famalicense uma vantagem competitiva em todo o mundo e um factor altamente diferenciador em relação aos seus concorrentes diretos nos Estados Unidos da América, na Áustria e na Alemanha. No prazo máximo de três anos quer chegar à liderança mundial. Uma ambição que assumida pelo seu fundador e CEO, Manuel Sá.“A real força da S. Roque é a dedicação que imprime na busca de soluções de engenharia ou para qualquer outro tipo de necessidade que nos apresentem. Trabalhamos com a certeza de que amanhã iremos ser os melhores”, asseverou.

Manuel Sá aponta ainda como aspecto distintivo o facto de a S. Roque controlar toda a cadeia de valor, o que lhe permite assegurar um rigoroso controlo de qualidade sobre os produtos.

O volume de negócios credibiliza a estratégia de liderança: 25 milhões de euros de facturação em 2014 (o maior da história da empresa) e vendas para 50 países de quatro continentes. Com presença global, a S. Roque, fundada em 1983 na freguesia de Oliveira S. Mateus, apresenta outros números de que se orgulha e que medem o seu sucesso: cerca de 30 máquinas vendidas todos os meses, quota de exportação de 90 por cento e 275 colaboradores altamente especializados.

Desde 2005 que o crescimento tem sido galopante. Esse foi o ano em que a S. Roque apostou no Brasil como destino preferencial das exportações. A empresa tinha então um volume de negócios de sete milhões de euros. O certo é que 2015 promete ser ainda mais brilhante, com previsões de um incremento na ordem dos 20 por cento.

Há mais de seis anos consecutivos que os lucros da empresa são parcialmente distribuídos pelos seus colaboradores. Dependendo dos objectivos atingidos, tal pode representar um 15º mês de ordenado.

Uma política que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão elogiou aquando da visita às instalações: “partilhar o sucesso com os trabalhadores é um bom exemplo do reconhecimento do trabalho associado à capacidade de produção”. O autarca enalteceu ainda o posicionamento da S. Roque como importante player mundial na área da estamparia têxtil. “É uma empresa que dá escala e permite que o concelho de Vila Nova de Famalicão se afirme no panorama internacional. Por isso, a Câmara Municipal está empenhada em apoiar o seu crescimento”, rematou.

 Foi em 1984 que a empresa criou a primeira máquina automática de estampar artigos têxteis com formato circular. Cinco anos depois, em 1989, vendeu o primeiro exemplar, para a Turquia.

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