Pedra Formosa do Castro Alto das Eiras patente ao público pela primeira vez

A Pedra Formosa, um ex-libris da arqueologia famalicense, vai estar pela primeira vez patente ao público, integrando uma exposição permanente que será inaugurada na Casa do Território, no Parque da Devesa, durante este ano.
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A Pedra Formosa foi descoberta na década de 90 no âmbito das escavações ao Castro Alto das Eiras, na freguesia de Pousada de Saramagos, pelo arqueólogo Francisco Queiroga, do Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Na altura, o monumento do Alto das Eiras foi identificado como uma composição arquitectónica, datada do século I, composta por átrio, ante-câmara, câmara e fornalha, e elementos decorativos tal como outros monumentos congéneres. No entanto, o maior destaque revelou ser a descoberta da riqueza ornamental da sua Pedra Formosa.

Passados 25 anos da descoberta deste monumento singular, “a Pedra Formosa mostra-se finalmente aos famalicenses e ao público cumprindo um dever de cidadania, disponibilizando este património universal, que muito contribui para a preservação e valorização da nossa memória coletiva”, explica o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Refira-se que o Parque da Devesa tem patente desde a sua inauguração uma reconstituição do balneário do Alto das Eiras.

A exposição permanente que vai integrar ainda uma componente tecnológica com diferentes suportes digitais e interativos faz parte de um conjunto de investimentos que serão realizados na Casa do Território, ao longo de 2015.

Esta aposta resulta da aprovação da candidatura “Casa do Território: Produção, Exposição e Equipamentos Específicos”, submetida pela autarquia, no âmbito do Eixo Prioritário V – Promoção da Capacitação Institucional do Programa Operacional Regional do Norte – ON.2.

Para além da exposição permanente, referência ainda para a aquisição e instalação de diversos equipamentos, donde se destaca um conjunto de estantes compactas, na Sala de Reservas do Gabinete de Arqueologia, o que veio melhorar substancialmente as condições de segurança e conservação dos bens arqueológicos à guarda deste serviço, resultantes dos trabalhos de investigação efetuados ao longo de vários anos pelos técnicos da autarquia, assim como possibilitar a incorporação de outros bens culturais de relevo para a história e identidade do concelho.

A sala de conferências foi equipada com mobiliário e equipamento multimédia adequado para diferentes funções, por lado para sessões mais formais e apresentações públicas diversas, por outro permitirá também a realização de reuniões, workshops, sessões de formação, entre outras iniciativas.

Para Paulo Cunha este investimento na Casa do Território, “é uma aposta estratégica não só ao nível da promoção e divulgação regional e nacional do território e de todas as suas potencialidades, mas também uma aposta no reforço dos valores identitários da comunidade famalicense que se pretende envolver em todo este processo”.

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